GUERRA INTERIOR – Por Amilton Alvares


* Amilton Alvares

Justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes. O texto de Romanos 5 ingressa e flui em meu intelecto, mas o coração vive apertado neste mundo carregado de ilusões e desilusões. Sinto que o meu projeto de vida está fadado ao fracasso. Fico ainda mais frustrado quando olho para o meu interior e vejo uma guerra sem fim. Eu quero fazer o bem, mas há algo aqui dentro de mim que me conduz a fazer o que não quero. Aí eu grito comigo mesmo: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Se você acha que só eu tenho esses problemas ou que estou exagerando, por favor leia a Carta de Paulo aos Romanos, a partir do capítulo 5. Lá, o relato de Paulo mostra que essa ambigüidade é inerente ao homem, portanto não é privilégio de Paulo ou deste que vos escreve, é uma deformidade congênita que acomete a todos nós, homens e mulheres deste mundo golpeado pelo pecado.

O que eu posso fazer então com a minha guerra interior? A receita é simples e ao mesmo tempo difícil de praticar: Já que sou salvo pela fé, preciso aprender a viver pela graça.

Ao adquirir consciência da minha natureza depravada e corrupta – desculpe-me pelas expressões pesadas – eu ganho a compreensão de que preciso do toque sobrenatural de Deus para viver cada dia de minha existência, na dependência do Senhor. Aí eu compreendo que preciso sempre do Salvador Jesus e passo a ter resposta para a afirmação-pergunta – “desventurado homem que sou, quem me livrará do corpo desta morte?”. O tom da resposta é dado pelo próprio apóstolo Paulo em Romanos 8; “Agora, pois,  já não nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus me livrou da lei do pecado e da morte”. A jornada prossegue, a minha batalha permanece, mas o meu fracasso em cooperar com Deus é coberto diariamente pela graça e misericórdia do meu Senhor, que renova as minhas forças e me encoraja a seguir avante. Ele me conduz em triunfo. Você também pode prosseguir em triunfo. E podemos, juntos, então dizer: “Em tudo somos atribulados, porém, não angustiados; perplexos, porém não desanimados;  perseguidos, porém não desamparados, abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo” (2Coríntios 4:8-10).  Eis o grande mistério da salvação pela fé e do viver pela graça. Mesmo diante da nossa podridão e das muitas guerras de nosso interior; mesmo diante do fracasso em cooperar com Deus, o Espírito Santo de Deus nos capacita a levar no corpo e mostrar ao mundo o bom perfume de Cristo.

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. GUERRA INTERIOR. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 0119/2014, de 27/06/2014. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2014/06/27/guerra-interior-por-amilton-alvares/. Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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Vida Simples – Por: Israel Mazzacorati


* Israel Mazzacorati

Charles Chaplin fez um filme  chamado “Tempos Modernos”. Esta obra se tornou um grande marco na história do cinema, como também representou uma forte crítica ao tipo de vida construída pela industrialização e o fato de que os seres humanos se tornaram UM com as engrenagens das máquinas que manuseiam.

De certa forma, a industrialização trouxe inúmeros benefícios para a humanidade. Quanto a isso, não há como discordar. Por outro lado, o mundo em que vivemos é filho de um sistema em que o crescimento financeiro, o lucro, o capital se tornaram os deuses a serem adorados.

No mundo do consumo, as igrejas cedem lugar aos shoppings. Isso quando as igrejas não se tornam os verdadeiros shoppings da fé! Ali, nos shoppings, as pessoas vão para adorar o deus delas: o consumo. Tudo está ao alcance de quem pode comprar. Quem não possui dinheiro para gastar, se contenta em olhar. A ostentação, a vida agitada e as cidades cada vez mais opulentas ditam as regras da vida moderna. Pessoas são reduzidas a números. Quanto mais se tem, mais importante se é.

Em meio a essa realidade constatada em nosso próprio dia a dia, quem ousa desejar uma vida simples? Quem opta por ser uma pessoa comum? Ser uma pessoa simples e comum significa ter planos de vida que não se adequam ao mundo do consumo. Em outras palavras, os corajosos e corajosas que ousam a desafiar a imposição do sistema do consumo são pessoas que não permitem que os seus valores sejam definidos, por exemplo, por sua conta bancária, pelas roupas que usam ou pelo carro que possuem.

Uma vida simples é possível quando se sonha simples. Se engana quem entender que sonhar simples é sinônimo de sonhar pequeno. Pelo contrário. Sonha pequeno quem sonha o sonho do consumo. Quem sonha grande é quem decide romper com esse ciclo diabólico em que pessoas são valorizadas, ou não, pelas coisas que possuem. O dinheiro possui até mesmo as pessoas que não possuem dinheiro.

Reserve um tempo para pensar nos seus valores e nos seus sonhos. Você tem vivido o sonho do consumo ou o sonho da simplicidade? Você deseja a alegria comprada pelo dinheiro ou a felicidade em ser livre da ditadura do consumo? Você possui dinheiro ou o dinheiro é quem possui você?

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* Israel Mazzacorati é Mestre em Teologia. Doutorando em Estudos Clássicos. Professor e Coordenador da Faculdade Latino-Americana de Teologia Integral (FLAM). Pastor da Comunidade Batista Vida Nova, em São José dos Campos.

Como citar este artigo: MAZZACORATI, Israel. VIDA SIMPLES. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 0116/2014, de 24/06/2014. Disponível em . Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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