O que eu posso ganhar ou perder? – Parte III – Conclusão – Por Amilton Alvares

* Amilton Alvares

O tema principal deste estudo é “Quão difícil é seguir Jesus”. O questionamento que serve de título é uma pergunta inerente ao tema, pergunta que costuma invadir a nossa mente sempre que temos de enfrentar situações novas. No primeiro estudo da série, abordamos o tema sob a perspectiva das mudanças. O que eu posso ganhar ou perder se fizer isto ou aquilo? Na segunda parte, abordamos o tema sob a perspectiva das incertezas. Porque não estabelecemos um canal direto de comunicação com Deus antes de tomar decisões, deixamos Deus à margem das nossas decisões. Deus fica na prateleira de nossa vida, como se fosse um soldado de reserva. Cabe agora concluir o estudo sob o prisma da simplicidade (ou praticidade) de permanecer onde estamos e mudar as atitudes. É que diante das dúvidas, inquietações e perspectivas de mudanças radicais, talvez a melhor opção seja a de permanecer onde Deus colocou você. Permanecer na profissão ou no emprego, permanecer casado, permanecer na mesma comunidade, preservar amizades e conquistas e permanecer em silêncio para aprender a ouvir a voz de Deus. Dar frutos onde Deus colocou você.

O nosso estudo foi orientado pelo texto do Evangelho de Lucas, capítulo 9, versos 57 a 62. Nessa passagem, Jesus de Nazaré estabeleceu diálogo com três homens. O apelo ou proposta era no sentido de seguir Jesus. No texto bíblico, os interlocutores disseram ou deram a entender que fariam isso depois, pois tinham coisas mais importantes para resolver. Jesus não insistiu. Ao que tudo indica, aqueles três homens não prosseguiram na jornada com Jesus.

A mesma passagem de Lucas pode ser lida no Evangelho de Mateus (Capítulo 8, versos 18 a 22). O relato de Lucas é mais completo, mas o texto de Mateus ilumina o pensamento quando se considera a possibilidade de permanecer no front. Veja-se que dois daqueles homens, que dialogaram com Jesus, deviam estar integrados ou muito próximos do grupo do Messias. Um deles era escriba; fazia parte do grupo religioso daquela época e, ao chamar Jesus de mestre e prometer seguir o Salvador, demonstrou estar integrado na seara ou então que pretendia se integrar à comitiva de Jesus, que empolgava as multidões. O outro era discípulo (Mt.8:21), portanto, decididamente estava integrado ao grupo de Jesus. Estes homens, que já estavam dentro da "campanha", ofereceram-se então para seguir a Jesus para onde quer que o Salvador fosse. É mais ou menos isso que a decisão de permanecer pode exigir da gente. Simplesmente permanecer no front com maior determinação. Apesar das dificuldades, eu tomo a decisão de vestir a camisa da empresa onde trabalho; quero assumir a paternidade (ou maternidade) responsável, desejo permanecer na minha comunidade e ajudar os meus companheiros, quero permanecer casado (e bem casado), ser um bom filho, tocar o meu ministério ou ofício com zelo e dedicação. Nas mudanças para coisas novas os sonhos normalmente florescem. Sonhar faz bem à mente e à saúde. Não devemos nos encolher quando somos chamados a deixar a zona de conforto e mudar. Mas a verdadeira mudança pode ser estabelecida dentro de nós e na situação em que a gente já está vivendo. Eu posso seguir a Jesus com outra motivação e disposição, eu posso me dedicar inteiramente a fazer o meu casamento dar certo, eu posso assumir a minha profissão ou função e dar o meu melhor, independentemente das circunstâncias. Você pode dar fruto onde está, até mesmo sem necessidade de grandes mudanças. Você pode transformar em benção um ambiente de sofrimento. Os “quês” e os “porquês” terão boas respostas, e a paz e segurança que você tanto busca estarão numa linha de desdobramento natural das mudanças implementadas em suas atitudes. Jesus de Nazaré não está oferecendo um lugar confortável para você reclinar a cabeça nesta Terra – “O Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”. O que Ele oferece pode ser menos agora, mas será muito mais depois – Vida Eterna com Deus. Não podemos saber previamente como vamos terminar a jornada terrena, e esse é o mais poderoso instrumento de Deus para desenvolver a nossa fé. As mudanças se apresentam diante de nós e os desafios sempre exigem um certo tempero da prudência com a ousadia. Experimente mudar! Tente mudar, não desista dos seus sonhos. Talvez você tenha que abandonar a zona de conforto de sua vida. Confia no Senhor. Não se esqueça que Jesus Cristo é Salvador de homens pecadores e que o justo viverá pela fé.  Persevere! O convite de Jesus é permanente. Você é importante para Ele e pode seguir o seu mestre no ambiente em que você está. As pessoas podem olhar para você e ver a face de Jesus estampada em sua cara. Ame a Deus; ame o próximo. Você só tem a ganhar; se não for agora, será na eternidade com Deus. O Salvador quer você em seu time e recomenda: "Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas (Mateus 6:33)

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. O QUE EU POSSO GANHAR OU PERDER? – PARTE III – CONCLUSÃO. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 0219/2014, de 17/11/2014. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2014/11/17/o-que-eu-posso-ganhar-ou-perder-parte-iii-conclusao-por-amilton-alvares/. Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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VIVER INTENSAMENTE – POR AMILTON ALVARES

* Amilton Alvares

O homem e a mulher, de uma maneira geral, sempre estão enfrentando novos desafios ou pelo menos são pressionados em buscar aquilo que muitos consideram necessário  para assegurar o auferimento de novas emoções na vida. Por isso somos uma porta aberta para os muitos apelos de consumo. A caixa de e-mail está sempre congestionada com ofertas de afrodisíacos, esportes radicais, técnicas e drogas para emagrecimento, estimulantes, fórmulas milagrosas de enriquecimento, práticas para fortalecimento muscular e ofertas para ganhar um corpo de atleta ou a silhueta de modelos que povoam as capas de revistas. Quanta frustração muitos enfrentam, porque não conseguem atingir o alvo ou padrão que a “ditadura” de uma sociedade de consumo determina ou faz a gente acreditar que é necessário. Certamente a vida pode ser mais simples.

Podemos retomar a simplicidade, sobretudo em nossa vocação. Considere o pensamento de Jonathan Edwards: “Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade a fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar”. Façamos uma reflexão acerca do pensamento de Madre Teresa de Calcutá: “Eu descobri um paradoxo: se eu amar até doer, então não haverá dor, mas apenas mais amor”. E não deixe de levar em conta as palavras de Jesus de Nazaré: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”.

Mahatma Gandhi foi honrado em palácios e solenidades internacionais, mas nunca deu as costas para a miséria e pobreza do seu povo; Gandhi sempre conseguia tocar as pessoas, ricas ou humildes, com uma palavra de esperança e um sorriso suave. Depois das aparições públicas e reuniões com grandes líderes mundiais, ele costumava retornar à roca, na sua casinhola, onde, à maneira dos hindus, sentava-se no chão e punha-se a fiar o algodão com que fazia suas próprias roupas. Muitas vezes o que mais precisamos fazer é sentar, descansar e observar. Simplificar! E se a inquietação insistir e continuar batendo na porta, vale a pena lembrar da oração de Jonas no ventre do grande peixe: “Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, Senhor, e a minha oração subiu a ti, ao teu santo templo” (Jonas 2:7). A vida pode ser mais simples e recheada de paz. Deus sempre vai tirar você do túnel escuro. E até tirar do túnel, Ele vai ficar com você lá. Todo homem e toda mulher podem viver intensamente no padrão ouro de Deus, onde tudo reluz diante da salvação de Jesus Cristo. No reino de Deus não se faz acepção de pessoas e você pode viver intensamente, em simplicidade, com a certeza de que em Jesus de Nazaré encontramos a razão de viver. Não importa o tempo de jornada. Quem chegar hoje na casa de Deus estará tão sarado quanto aquele que entrou na academia dos céus há vinte anos. Ninguém vai precisar sair levantando ferro sem limites até arrebentar os músculos.

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. VIVER INTENSAMENTE. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 0184/2014, de 29/09/2014. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2014/09/29/viver-intensamente-por-amilton-alvares/. Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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Vida Simples – Por: Israel Mazzacorati

* Israel Mazzacorati

Charles Chaplin fez um filme  chamado “Tempos Modernos”. Esta obra se tornou um grande marco na história do cinema, como também representou uma forte crítica ao tipo de vida construída pela industrialização e o fato de que os seres humanos se tornaram UM com as engrenagens das máquinas que manuseiam.

De certa forma, a industrialização trouxe inúmeros benefícios para a humanidade. Quanto a isso, não há como discordar. Por outro lado, o mundo em que vivemos é filho de um sistema em que o crescimento financeiro, o lucro, o capital se tornaram os deuses a serem adorados.

No mundo do consumo, as igrejas cedem lugar aos shoppings. Isso quando as igrejas não se tornam os verdadeiros shoppings da fé! Ali, nos shoppings, as pessoas vão para adorar o deus delas: o consumo. Tudo está ao alcance de quem pode comprar. Quem não possui dinheiro para gastar, se contenta em olhar. A ostentação, a vida agitada e as cidades cada vez mais opulentas ditam as regras da vida moderna. Pessoas são reduzidas a números. Quanto mais se tem, mais importante se é.

Em meio a essa realidade constatada em nosso próprio dia a dia, quem ousa desejar uma vida simples? Quem opta por ser uma pessoa comum? Ser uma pessoa simples e comum significa ter planos de vida que não se adequam ao mundo do consumo. Em outras palavras, os corajosos e corajosas que ousam a desafiar a imposição do sistema do consumo são pessoas que não permitem que os seus valores sejam definidos, por exemplo, por sua conta bancária, pelas roupas que usam ou pelo carro que possuem.

Uma vida simples é possível quando se sonha simples. Se engana quem entender que sonhar simples é sinônimo de sonhar pequeno. Pelo contrário. Sonha pequeno quem sonha o sonho do consumo. Quem sonha grande é quem decide romper com esse ciclo diabólico em que pessoas são valorizadas, ou não, pelas coisas que possuem. O dinheiro possui até mesmo as pessoas que não possuem dinheiro.

Reserve um tempo para pensar nos seus valores e nos seus sonhos. Você tem vivido o sonho do consumo ou o sonho da simplicidade? Você deseja a alegria comprada pelo dinheiro ou a felicidade em ser livre da ditadura do consumo? Você possui dinheiro ou o dinheiro é quem possui você?

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* Israel Mazzacorati é Mestre em Teologia. Doutorando em Estudos Clássicos. Professor e Coordenador da Faculdade Latino-Americana de Teologia Integral (FLAM). Pastor da Comunidade Batista Vida Nova, em São José dos Campos.

Como citar este artigo: MAZZACORATI, Israel. VIDA SIMPLES. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 0116/2014, de 24/06/2014. Disponível em . Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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