Pai Presente garante mais de 22 mil reconhecimentos espontâneos de paternidade

Criado em agosto de 2010, o programa Pai Presente, da Corregedoria Nacional de Justiça, completa três anos em 2013 tendo contribuído para 22.830 reconhecimentos espontâneos de paternidade. O programa, realizado em parceria com os tribunais de Justiça de todo o País, visa incentivar pais que não registraram seus filhos na época do nascimento a assumirem essa responsabilidade, ainda que de forma tardia.

Na tentativa de chegar até o suposto pai, magistrados brasileiros fizeram 228.416 notificações às mães e realizaram 22.887 audiências, com o objetivo de garantir o registro paterno às pessoas que ainda não têm essa informação na certidão de nascimento. Além dos casos em que o pai reconhece de forma espontânea a paternidade, outros 28.207 processos para investigação de paternidade foram instaurados e 13.093 exames de DNA foram feitos.

O programa teve início com a edição do Provimento n. 12 da Corregedoria Nacional de Justiça, que estabeleceu um conjunto de medidas a serem adotadas pelos juízes na busca da identificação paterna e da garantia do registro. Em fevereiro de 2012, a edição do Provimento n. 16 facilitou o reconhecimento tardio da paternidade, ao permitir que pais, mães e mesmo os filhos iniciem um procedimento de reconhecimento da paternidade em qualquer cartório de registro civil.

De acordo com o Provimento, mães e filhos maiores de 18 anos que não possuem o nome do pai na certidão podem indicar o nome do suposto pai no cartório de registro civil e dar início ao pedido de reconhecimento. O mesmo procedimento pode ser seguido pelos pais que desejarem espontaneamente reconhecer os filhos, ainda que tardiamente. O programa teve prosseguimento com a edição do Provimento n. 26, de dezembro de 2012, que levantou dados novos de crianças nessa situação.

A iniciativa da Corregedoria mobilizou o Judiciário brasileiro. Juízes passaram a empreender todos os esforços possíveis para auxiliar as famílias na busca dos supostos pais. Diversos tribunais aderiram institucionalmente ao programa Pai Presente, como foi o caso do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) e do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso (TJMT), ou instituíram os próprios programas voltados para a garantia do reconhecimento da paternidade. Em outros tribunais as iniciativas já existiam e, com o programa Pai Presente, ganharam ainda mais visibilidade.

Fonte: Tatiane Freire | Agência CNJ de Notícias | 09/08/2013.

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CGJ/RJ fixa data para atualização de dados do projeto Pai Presente

A Corregedoria-Geral de Justiça fixou o dia 23 de agosto como data limite para que juízes com competência em registro civil, titulares e responsáveis por serventias judiciais cumpram o Provimento CGJ nº 16/2012, que consiste no projeto Pai Presente. O aviso foi publicado nesta segunda, dia 29, no Diário da Justiça Eletrônico (Atos e Despachos do Presidente, página 22).

Até lá, os responsáveis deverão verificar se já foram lançados os dados dos alunos matriculados nas redes de ensino fundamental e médio que não possuem registro de paternidade na certidão de nascimento e que participam do projeto.

Também deverá ser checado o cumprimento de procedimentos específicos (Procedimento Escola – Pai Presente, código 30.349 / Indicação de Paternidade – Pai Presente, código 30.423). As informações deverão ser lançadas no sistema DCP. Eventuais alterações ou ajustes terão de ser feitos até o dia 23 de agosto.

No dia 26 de agosto, a CGJ deve elaborar novos relatórios dos sistemas Cadastro Pai Presente e DCP para analisar a situação de cada juízo e verificar a execução do projeto Pai Presente.

 O que é o Pai Presente?

 Baseado em uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (Provimento nº 12, de 06/08/2010), o projeto pretende reduzir o número de pessoas sem paternidade reconhecida no país, identificando pais que não reconhecem seus filhos e realizando averbações nos registros de nascimento. Os magistrados com competência nessa área têm acesso aos dados do Censo Escolar, disponibilizado pelo CNJ, em que constam informações como nome, endereço e estabelecimento de ensino referentes a maiores e menores de 18 anos com ausência do nome do pai em seus registros.

O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) lançou, no ano passado, um sistema informatizado que reúne dados de todas as escolas das redes pública e particular do estado. Os procedimentos adotados pelos juízes variam dependendo do caso da ausência de paternidade. Podem ser tomadas desde medidas simples, como o reconhecimento de um pai que, voluntariamente, assume a paternidade de uma criança, até a judicialização do caso, ou seja, a abertura de uma investigação de paternidade.

Até hoje, mais de 70 mil crianças já participaram do projeto Pai Presente no estado. Há um total de 3.928 escolas cadastradas no projeto. A meta é que, até o fim do ano que vem, todos os estabelecimentos de ensino sejam catalogados. 

Fonte: TJRJ | 29/07/2013.

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Projeto Pai Presente será realizado em MT de 24 a 29 de junho

Crianças, adolescentes e maiores de 18 anos que não têm o sobrenome paterno na certidão de nascimento podem realizar esse procedimento, gratuitamente, durante o “Mutirão Pai Presente” que será realizado no interior do Estado de 24 a 29 de junho e em Cuiabá e Várzea Grande exclusivamente no dia 29 de junho.

As mães têm até o dia 30 de maio para se dirigir os Fóruns de Cuiabá, Várzea Grande e interior de Mato Grosso para preencher um formulário. Elas devem levar documentos pessoais, certidão de nascimento do filho, além de endereço e telefone do suposto pai, para que o mesmo seja intimado para comparecer à audiência realizada durante o mutirão. Os maiores de 18 anos podem ir sozinhos ao Fórum – com carteira de identidade e certidão de nascimento – fazer a solicitação.

“Ter o sobrenome do pai na certidão de nascimento é garantir as pessoas o direito a cidadania, com base no princípio da dignidade humana, além de ser uma satisfação pessoal”, destaca a juíza auxiliar da Corregedoria, Serly Marcondes.

Os filhos cujos pais fizerem o reconhecimento espontâneo da paternidade no momento da audiência, já saem do Fórum com a certidão de nascimento, sem nenhum custo. Aqueles que optarem por realizar o exame de DNA, podem coletar material ali mesmo. Todo o procedimento é 100% gratuito.

 “Quando sai o resultado as partes são chamadas novamente ao Fórum, o resultado do exame é aberto somente na frente dos envolvidos no processo, com todo o sigilo e rigor que a lei determina”, explica a magistrada. Nos casos em que o possível pai reside em outro município ou Estado, a Justiça utiliza de carta precatória para intimar a parte e fazer audiência, dando andamento ao processo.
 
No último mutirão realizado em novembro do ano passado, 248 audiências foram designadas e 184 realizadas. Deste total, 73 paternidades foram reconhecidas e 85 pais realizaram o exame de DNA, sendo que 22 não foram reconhecidos como pais.
 
O “Pai Presente” é um movimento nacional instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que encampou o Projeto Pequeno Cidadão que começou a ser realizado em 2007 no Estado. Desde a sua implantação mais de 5 mil pessoas (entre crianças, adolescentes e adultos) tiveram o nome do pai colocado na certidão de nascimento.
 
Mais informações poderão ser obtidas na Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) (65) 3617-3121, na diretoria do Fórum de Cuiabá (65) 3648-6024 e na diretoria do Fórum de Várzea Grande (65) 3688-8486 e 3688-8400.
 
Mutirão 2011 e 2012 em números
 
25 a 30/04/2011
Audiências realizadas em MT: 658
Reconhecimento espontâneo: 278
Exames de DNA: 195
 
25 a 30/07/2011
Audiências realizadas em MT: 577
Reconhecimento espontâneo: 239
Exames de DNA: 254
 
21 a 26/11/2011
Audiências realizadas em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis: 128
Reconhecimento espontâneo: 55
Exames de DNA: 47
 
25 a 30/06/2012
Audiências realizadas em MT: 772, sendo Cuiabá 160 e Várzea Grande 69;
Reconhecimento espontâneo: 314 (Cuiabá: 69; Várzea Grande Grande: 27)
Exames de DNA: 295 (Cuiabá: 67; Várzea Grande: 41)
 
24/11/2012
Audiências realizadas em MT: 184, sendo em Cuiabá 98 e Várzea Grande 26
Reconhecimento espontâneo: 73 (Cuiabá 34; Várzea Grande: 9)
Exames de DNA: 85 (Cuiabá: 56; Várzea Grande: 16)
 
Total de audiências realizadas = 2.319

Fonte: TJMT