Ricos, Inteligentes e Sábios; e os Pobres em espírito.

* Amilton Alvares

Está escrito: “Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a sabedoria dos inteligentes.” O texto da 1ª Carta de Paulo aos Coríntios (1:19) reporta-se ao texto do profeta Isaías que diz: “Deixarei atônito esse povo com maravilha e mais maravilha; a sabedoria dos sábios perecerá e a inteligência dos inteligentes se desvanecerá” (Is. 29:14). Causa perplexidade, mas afinal o que significa isso? Que no Reino de Deus não tem lugar para os sábios nem para os inteligentes? Se a pergunta fosse apresentada a Paulo, certamente ele responderia com o seu jeito peculiar – “Não, de maneira nenhuma.” Como Paulo não está mais entre nós, enfrentemos então o desafio de responder com a sabedoria da Escritura Sagrada.

Será que no Reino de Deus também não há lugar para os ricos? O que podemos responder se o próprio Jesus de Nazaré disse que “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.”? Assim como Paulo amplificou o texto de Isaías e da mesma forma como Jesus de Nazaré trouxe luz para muitos textos do Velho Testamento, podemos buscar orientação na Bíblia para alcançar a conclusão. No livro de Provérbios temos uma afirmação que estabelece limites e dá luz ao nosso pensamento: – “Não há sabedoria alguma, nem discernimento algum, nem plano algum que possa opor-se ao Senhor” (Pv. 21:30).

Se combinarmos esse texto com o texto da parábola do camelo e da agulha (Lc. 18:18-28), de fato podemos entender quão difícil é entrar no Reino de Deus para um sábio, inteligente ou rico, especialmente, aquele que confia ou deposita a confiança em seus atributos ou posses. No entanto, o próprio Jesus ensinou que o que é impossível para os homens é possível para Deus (Lc. 18:27), porque a salvação está ao alcance de todo aquele que crê no Salvador e quem crê no Salvador não deposita a sua confiança em inteligência, sabedoria ou riqueza. Quem crê em Jesus sabe que o pecador não tem mérito algum, pois depende inteiramente da graça e da misericórdia de Deus. Estes, vivem pela fé. Esperam e confiam, porque sabem que o cavalo se apronta para a batalha (com força, inteligência do dono e riqueza de armas), mas a vitória vem do Senhor (Pv. 21:31). São pobres em espírito porque não confiam na própria força, mas na força do Senhor. Sabem que o sucesso não pode ser determinado por inteligência, sabedoria, ou riqueza, porque “esperam no Senhor, renovam as suas forças, voam alto como águias, correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Is. 40:31). No Reino de Deus tem lugar para ricos, inteligentes e sábios em contrição. E, bem-aventurados são os pobres em espírito, deles é o Reino dos céus (Mt. 5:3).

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. RICOS, INTELIGENTES E SÁBIOS; E OS POBRES EM ESPÍRITO. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 030/2014, de 13/02/2014. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2014/02/13/ricos-inteligentes-e-sabios-e-os-pobres-em-espirito/ . Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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TJ/SP: ‘DIÁLOGO COM A CORREGEDORIA’ TRATA DE PROTESTO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS

A Corregedoria Geral da Justiça (CGJ) realizou ontem (29) palestra sobre o tema “Protestos de Títulos e Documentos”, na sede administrativa da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis). O encontro integra o Programa – Diálogo com a Corregedoria e foi conduzido pelo juiz assessor da CGJ Luciano Gonçalves Paes Leme.

 

O palestrante falou sobre a atualização e revisão das regras contidas no capítulo XV das Normas de Serviço da Corregedoria, que trata do protesto. O magistrado afirmou que esse trabalho ocorreu para adaptar as normas à nova realidade social, marcada pelo intenso uso da tecnologia da informação. “A internet e a informatização contribuíram para a mudança das normas”, disse.

 

Uma das novidades é a apresentação do protesto por meio eletrônico, mediante utilização de certificado digital, a fim de promover celeridade tanto ao apresentante quanto ao tabelião. “Essa e outras medidas visam à desburocratização e eficiência da atividade tabelioa, assim como evitar dúvidas e desentendimentos entre serventias extrajudiciais e Poder Judiciário.”

        

Paes Leme esclareceu que muitas das regras agora presentes nas Normas de Serviço já existiam na forma de orientações normativas. A fixação delas no ordenamento jurídico da Corregedoria teve como objetivo conferir-lhes mais força e eficácia.

        

O público presente, formado em grande parte por tabeliães da capital e interior, fez perguntas ao magistrado. A palestra também foi transmitida pelo site da Apamagis, por meio de sistema de ensino a distância (EAD).

 

Fonte: TJ/SP I 30/10/2013.

 

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