Autoridade de proteção de dados oferece diretrizes para implementação da lei, afirma especialista

Uma coalizão formada por oito entidades do setor de comunicação social comemorou os resultados da sessão realizada no último dia 7 pela comissão mista do Congresso que analisa a MP 869/18. A medida cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados e altera a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (lei 13.709/18).

Entidades como a Abap – Associação Brasileira de Agências de Publicidade; Abemd – Associação Brasileira de Marketing de Dados; ABRADi – Associação Brasileira dos Agentes Digitais; Abracom – Associação Brasileira das Agências de Comunicação; Abrarec – Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente; Ampro – Associação de Marketing Promocional; CNCOM – Confederação Nacional da Comunicação Social; e Fenapro – Federação Nacional das Agências de Propaganda fazem parte da coalizão. O conjunto participou ativamente do trabalho da comissão mista e foi ouvido pelos parlamentares sobre a Medida Provisória assim como diversos participantes do mercado. A coalizão comemorou principalmente resultados votados relativos a questões defendidas pelo setor de comunicação, tais como: a autonomia técnica e decisória, a ANPD não ser financiada a partir multas que aplica ao mercado, a aprovação da criação de um Conselho Nacional de Proteção de Dados e a natureza jurídica.

“O movimento e união das entidades para esta coalizão demonstra a importância da questão da criação da ANPD para o setor de comunicação social. Começamos com oito entidades,mas ainda aguardamos outras associações convidadas deliberarem e, logo, devemos ter novos integrantes”, afirma o representante do setor de comunicação social, Vitor Morais de Andrade, advogado do escritório LTSA Advogados, que é especialista em proteção de dados e um dos fundadores do Comitê de Privacidade de Dados liderado por empresas privadas, além de atual coordenador da Faculdade de Direito da PUC/SP.

Segundo Andrade, “mesmo sabendo que o modelo da autoridade não é o ideal, mas ciente de que é o único possível no momento, o setor de comunicação social entendeu que era fundamental apoiar a estrutura e comemorou muito a votação que criou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, porém solicitou que fosse criada em caráter provisório. O pedido foi atendido e a coalizão acredita que haverá tempo suficiente para a criação do modelo da autarquia, que é o modelo considerado ideal, nos próximos anos”.

Em virtude da aprovação da MP pela comissão do Congresso, Andrade alerta as empresas sobre a urgência de iniciarem seus processos internos de adequação para a lei.

“O fato de que a Autoridade Nacional foi criada demonstra, em primeiro lugar, que as empresas precisam se mexer para cumprir a lei no prazo estabelecido e, também, que ficará mais fácil, pois haverá orientações básicas e regulamentações para aplicações práticas serão criadas pela ANPD.”

Ainda conforme o advogado, no entendimento das entidades, a criação da ANPD era urgente para gerar o prazo adequado de adaptação à lei. “A ANPD oferecerá as orientações para a compreensão e implementação da lei na prática. E, neste sentido, é fundamental que as empresas tenham tempo, durante o prazo estabelecido de vacatio legis (até agosto de 2020), de esclarecer dúvidas sobre a implementação e a forma mais apropriada em cada situação”, afirmou.

Vitórias

Segundo o especialista, a coalização buscará ter representantes no Conselho Nacional de Proteção de Dados. Para as entidades, a criação do conselho para apoiar tecnicamente das decisões da ANPD é outro fato de sucesso.

“Entendemos que a presença de um Conselho Nacional de Proteção de Dados, que seja multisetorial, conte com a participação do setor privado, do setor produtivo e das associações, reúna representantes da sociedade e do mercado, é fundamental para apoiar as decisões da ANPD. Agora, vamos lutar para termos representantes neste conselho e representar questões fundamentais do setor da comunicação social, que possui em sua chancela empresas que trabalham diretamente com o uso de dados diários em ações de marketing digital, junto a tecnologias inovadoras e mesmo nas áreas clássicas como vendas, finanças, logística e administração.”

Segundo Andrade, outra vitória para as entidades é a criação de normas, orientações e procedimentos simplificados e diferenciados para atender as empresas de pequeno porte, benefício estendido às startups com o relatório aprovado.

“Hoje, mais de 98% das empresas brasileiras são Micro e Pequenas Empresas. a lei gera um custo regulatório muito alto para uma pequena empresa, pois são necessários investimentos em tecnologia e consultoria. É importante que a autoridade crie regras que permitam que sejam feitas ‘calibragens’, tanto com relação à MPEs quanto à utilização de dados. O setor de comunicação entende que a implementação precisa ser factível para as MPEs e para as startups.”

Fonte: Migalhas

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SP: Deputados e senadores abordam o papel dos cartórios na desburocratização no País no 1º Encontro de Registro Civil das Pessoas Naturais de SP

A palestra de abertura do 1º Encontro Paulista de Registro Civil das Pessoas Naturais, evento realizado pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP) no dia 28 de junho, terá como tema “O Papel do Registro Civil no novo cenário de Desburocratização”.

O painel será composto por políticos de diferentes partidos, e a temática será envolta nas principais atividades que passaram a ser delegadas aos cartórios de Registro Civil, como:

  • Mudança de nome e sexo
  • Apostilamento de Documentos
  • CPF na certidão de Nascimento
  • Ofício da Cidadania
  • Cancelamento de CPF após o óbito
  • Multiparentalidade
  • Casamento homoafetivo
  • Paternidade/maternidade socioafetiva

Entre os palestrantes confirmados para a abertura estão os senadores Marcos Rogério (DEM/RO) e Mara Gabrili (PSDB/SP) e os deputados federais Rogério Peninha Mendonça (MDB/SC), Luiz Flavio Gomes (PSB/SP) e Fausto Pinato (PP/SP).

Para mediar os debates, estarão presentes o vice-presidente da Arpen/SP, Ademar Custódio, e a diretora da entidade, Milena Guerreiro.

O evento será realizado no Novotel Jaraguá, das 09h às 18h, e as inscrições estão abertas até o dia 22 de junho. Clique aqui e inscreva-se!

SERVIÇO
1º Encontro Paulista de Registro Civil das Pessoas Naturais
Data:
28.06.2019 (sexta-feira)
Horário: 9h às 18h
Local: Novotel Jaraguá – Rua Martins Fontes, 71 – Centro – São Paulo – SP
Investimento:
– Registradores Civis e Prepostos: R$ 50,00
– Notários e Registradores Associados a entidades: R$ 50,00
– Outros Profissionais e Estudantes: R$ 100,00
Inscrições: www.arpensp.org.br – até 22.06.2019

Fonte: Arpen/SP

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Opinião – “O PQTA demostra à sociedade que nossos serviços são essenciais à garantia de direitos e à pacificação social”

A Registradora em Poxoreú/MT, Maria Aparecida Bianchin Pacheco fala da relevância da premiação de qualidade concedida aos cartórios

Amigos registradores de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas, neste ano completo, com muita honra, 25 anos de atividade, contando o período em que atuei como registradora civil das pessoas naturais e tabeliã, e os últimos 16 anos, em que atuo como registradora de imóveis e de títulos e documentos.

Tanto o cartório em que atuei anteriormente, quanto o cartório em que atualmente atuo, com trabalho árduo, me permitiram renda suficiente para ofertar aos meus dois filhos, saúde, educação e conforto, além de permitir constantemente meu aperfeiçoamento profissional. Todos os dias sou grata por isso, e tenho me esforçado (talvez não o suficiente ou o quanto gostaria), para que nossa profissão seja conhecida e reconhecida pela sua função social. Não por ser “boazinha”, mas pelo fato de que essa é a minha profissão e por dela depender, além e obviamente, pelo fato de nela me sentir realizada.

Confesso que gosto muito de padronização e uniformidade nos procedimentos usuais do cartório, haja vista o norte estabelecido pela nossa lei maior ao atribuir à matéria de registros púbicos a competência exclusiva da União para legislar. Contudo, desafios nos estimulam e nos instigam…, e por isso, apesar do medo em não corresponder e das dúvidas e incertezas sobre a minha capacidade, aceitei o convite desafiador que me foi feito há alguns anos e esta é a terceira edição em que estou na coordenação do PQTA.

O prêmio é muito importante para a nossa classe, pois tem contribuído fortemente para demonstrar aos Poderes Públicos constituídos, à sociedade e à imprensa, que nossos serviços – essenciais à garantia de direitos e à pacificação social – não são “medievais” e/ou resquícios de privilégios aos “amigos do rei” como muitos tem propagado. Nossas lideranças nacionais e estaduais, árdua e diuturnamente, têm atuado para nos manter firmes e fortes, não obstante tantas ameaças (ameaças que muitos de nossos pares têm transformado em oportunidades).

Provavelmente alguns de vocês, ao lerem esta mensagem, pensarão “Que exagero!!! Está tudo perfeito aqui no meu cartório. Ninguém reclama, meu cartório é “top”. Os usuários estão satisfeitos (já que os serviços são entregues dentro dos prazos legais estabelecidos pela Lei 6015, publicada em 1973, quando ter uma máquina de escrever era sonho de consumo), e meus colaboradores também (pois recebem o salário rigorosamente até o 5° dia útil do mês subsequente ao trabalhado). Todos têm senha eletrônica, café, bolachinha, revista, jornal, wi-fi, televisão, bala ou caramelo na recepção, além da água mineral. Sem falar da tabela de emolumentos exposta ao público, selo de autenticidade e recibo impressos, termos de correições , etc.

Bem, isso tudo é muito importante e penso que deve ser mantido. É preciso sim agregar gentilezas e benefícios. Mas será que isso é suficiente para que nossos serviços sejam considerados satisfatórios? A você, colega, que parou para ler este texto enorme, eu pergunto: no “seu” cartório, o usuário tem recebido o atendimento que você gostaria de ter se fosse a um cartório? Se você, como eu e outros tantos colegas, se sentiu incomodado com essa pergunta, é porque está disposto a refletir sobre o assunto e propício a buscar outras possibilidades.

Então, convido-lhe a conhecer as alterações propostas pelo PQTA 2019, no eixo de avaliação “Gestão de Inovação” subdividido em: eficiência, ineditismo e efeito multiplicador. Leia o regulamento disponível no site do PQTA 2019. Aceite o desafio e inscreva-se. Ajude-nos a atingir a meta de 300 cartórios participantes e contribua diretamente e proativamente com o fortalecimento, credibilidade e reconhecimento público da nossa classe. Acredite na sua gestão. Ela é ou pode se tornar de excelência, basta se envolver. Avante!!! O PQTA é um prêmio estratégico para toda a classe dos notários e registradores. Participe!

ASSISTA AO VÍDEO

Fonte: IRTDPJ/BR

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