Anoreg CE promove encontro em conjunto com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis


  
 

Anoreg CE promove encontro em conjunto com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis

Com o objetivo de aproximar os corretores de imóveis para esclarecer dúvidas e apresentar a importância dos cartórios extrajudiciais para segurança e agilidade dos negócios, a Anoreg-CE e o Sindicato dos Notários, Registradores e Distribuidores do Estado do Ceará (Sinoredi-CE), em parceria com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE) promoveram no dia 24 de março um encontro inédito, que reuniu cerca de 140 corretores. A diretora de Comunicação da Anoreg-BR, Patricia Ferraz, participou do evento como expositora e abordou o tema “Registro de Imóveis: segurança, rapidez e tranquilidade para o mercado”.

O presidente do CRECI, Apolo Scherer, elogiou a iniciativa. “Essa foi uma oportunidade ímpar, um momento muito importante para unir as duas categorias. Imagino que nós possamos repetir esse encontro em um evento maior, para cerca de 400 pessoas”, sugeriu.

A diretora da Anoreg-BR revelou o funcionamento do sistema extrajudicial brasileiro de transmissão da propriedade imobiliária, tema de interesse direito dos corretores. Durante a exposição destacou os dados comparativos colhidos pelo Banco Mundial e retratados no Doing Business, que mostram que o sistema brasileiro é o mais barato do planeta, um dos mais ágeis e menos burocráticos, sendo um dos mais seguros e eficientes. O comparativo internacional apresentado retrata como nos Estados Unidos, por exemplo, as garantias dadas pelo sistema ao negócio imobiliário são menores e mais onerosas do que no Brasil, onde é possível dizer, em razão da intervenção do notário e do registrador, que “registrei e fui dormir em paz”, ressaltou Patricia.

Para Denis Bezerra, presidente do Sinoredi-CE, a questão da credibilidade é um diferencial que está no DNA da categoria, tanto que a pesquisa feita pelo Data Folha apontou a confiança na instituição em termos nacionais e uma pesquisa regional reforçou essa credibilidade. “O levantamento que o Instituto Cuali, junto as mais de 2 mil e 500 questionários aplicados a usuários dos cartórios, mostra que o os cartórios do CE contam com o índice de confiança de 96,8%, enquanto o índice de satisfação é de 94,06%. Esse índice de confiança e satisfação se entendeu às pesquisas realizadas em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

A partir dessa apresentação foi possível abrir a discussão para explorar temas específicos. Ao falar sobre a relação entre os custos do registro imobiliário e das escrituras públicas e a segurança jurídica proporcionada pelo sistema brasileiro, o comparativo factual foi bem esclarecedor. Os corretores puderam comparar, por exemplo, o valor que se paga por um seguro de carro que pode chegar a 10% do valor do bem, devendo ser renovado a cada ano, e o valor dos custos de um registro de imóvel que dá uma garantia perene àquele bem. Embora as condições sejam diferentes, o exemplo salienta toda a proteção jurídica contida no registro.

Na visão do corretor Mac Sandro Bastos, eventos como esse contribuem para o aperfeiçoamento profissional. “O aprendizado se reflete quando nós vamos com um cliente a um cartório, quando utilizamos a documentação correta. A gente não pode estar envolvido só com a corretagem, é preciso ter uma visão mais geral. Hoje em dia só apresentar o imóvel não é mais suficiente, o cliente quer um corretor que entenda da burocracia e da lei”, explica.

Outro questionamento importante levantado foi traduzido em uma pergunta cotidiana: “Vocês já viram dados de cartório vazarem na internet?”. A indagação de Patrícia Ferraz reforça o que na maioria das vezes passa despercebido, exatamente pela eficiência silenciosa do modelo extrajudicial brasileiro: a segurança. Nesse sentido, o evento serviu também para pontuar que os tabeliães e registradores recebem delegação pública para desempenhar as funções notariais e de registro, respondendo pessoalmente no caso de irregularidades. Ou seja, a maneira como se organizam os cartórios e a responsabilização dos seus titulares é peça-chave do sucesso do sistema, cabendo à Corregedoria dos Tribunais de Justiça dos Estados e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) à fiscalização da atividade.

Na análise da presidente da Anoreg-CE, Helena Borges, esse ponto desmonta a ideia de que o cartório tem um “dono”, demonstrando a seriedade da atividade que, muitas vezes, é exercida mesmo com restrições financeiras. “Vale lembrar que dos 678 cartórios existentes no Ceará, apenas 248 estão providos, e que dos 430 que se encontram vagos, a maioria é financeiramente deficitário”, finaliza.

Fonte: Anoreg/BR | 11/04/2017.

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Publicação: Portal do RI (Registro de Imóveis) | O Portal das informações notariais, registrais e imobiliárias!

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