TJ/PE. CONCURSO DE CARTÓRIOS. ELIMINAÇÃO DE CANDIDATOS NO EXAME DE PERSONALIDADE. CONVOCAÇÃO PARA AS PROVAS ORAIS SEM GARANTIA DE RECURSO E SEM OBSERVÂNCIA DO PRAZO MÍNIMO DO EDITAL. SUSPENSÃO DO CONCURSO. LIMINAR DEFERIDA PARA ASSEGURAR AOS CANDIDATOS A CIÊNCIA PESSOAL DAS RAZÕES DE ELIMINAÇÃO, BEM COMO A INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO, COM OBSERVÂNCIA DO PRAZO MÍNIMO DE CONVOCAÇÃO. INFORMAÇÕES PRESTADAS PELO TJPE DANDO CONTA DE QUE OS RECURSOS ADMINISTRATIVOS FORAM PROVIDOS, COM A CONVOCAÇÃO PARA A PROVA ORAL DE TODOS OS CANDIDATOS ELIMINADOS. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. ARQUIVAMENTO POR DECISÃO MONOCRÁTICA (ART. 25, X, DO REGIMENTO INTERNO DO CNJ).

PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO 0006779-44.2013.2.00.0000
Requerente: Wilson Queiroz Brasil Filho
Requerido: Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
Advogado(s): GO032288 – Alinne da Silva Bezerra (REQUERENTE)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO (TJPE). CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS E TÍTULOS PARA OUTORGA DE DELEGAÇÕES DE NOTAS E DE REGISTRO DO ESTADO DE PERNAMBUCO. ELIMINAÇÃO DE CANDIDATOS NO EXAME DE PERSONALIDADE. CONVOCAÇÃO PARA AS PROVAS ORAIS SEM GARANTIA DE RECURSO E SEM OBSERVÂNCIA DO PRAZO MÍNIMO DO EDITAL. SUSPENSÃO DO CONCURSO. LIMINAR DEFERIDA PARA ASSEGURAR AOS CANDIDATOS A CIÊNCIA PESSOAL DAS RAZÕES DE ELIMINAÇÃO, BEM COMO A INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO, COM OBSERVÂNCIA DO PRAZO MÍNIMO DE CONVOCAÇÃO. INFORMAÇÕES PRESTADAS PELO TJPE DANDO CONTA DE QUE OS RECURSOS ADMINISTRATIVOS FORAM PROVIDOS, COM A CONVOCAÇÃO PARA A PROVA ORAL DE TODOS OS CANDIDATOS ELIMINADOS. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. ARQUIVAMENTO POR DECISÃO MONOCRÁTICA (ART. 25, X, DO REGIMENTO INTERNO DO CNJ).

DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de procedimentos instaurados a requerimento de candidatos inscritos no Concurso Público de Provas e Títulos para Outorga de Delegações de Notas e de Registro do Estado de Pernambuco, de responsabilidade do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE), pretendendo a concessão de liminares para o adiamento da fase de provas orais e a inclusão de candidatos cujos nomes não constaram da relação de convocados para as referidas avaliações.
No Procedimento de Controle Administrativo nº 6746-54.2013, Rafael Almeida Cró Brito relata que a Comissão de Concurso publicou no dia 12 de novembro de 2013 o resultado do exame psicotécnico e a convocação para a prova oral, prevista para os dias 22 a 27 de novembro.
Entende que o prazo entre a publicação e a realização das provas não é razoável para que os candidatos providenciem transporte, hospedagem e programação nas atividades laborais.
Após discorrer sobre a necessidade de se observar um prazo razoável entre a convocação e a aplicação das provas, pugna o Requerente seja aplicada liminarmente ao caso concreto a orientação já firmada por este Conselho no PP nº 6864-64.2012 e no PCA nº 6328-53.2012, ambos de relatoria do Conselheiro José Lúcio Munhoz, nos quais foi determinada a aplicação da Resolução do CNJ nº 75, de 2009, para estabelecer prazo razoável entre a convocação e a realização das provas.
Em decisão no evento 18, deferi o pedido liminar para suspender a realização das provas orais do aludido certame e determinei à Comissão do concurso que "informasse a todos os candidatos aprovados na fase anterior cujos nomes não constaram do edital de convocação para as provas orais os motivos da sua exclusão, assegurando-lhes a oportunidade de impugnação da decisão administrativa, antes de ser procedida a nova convocação". Determinei ainda que, após a adoção desse procedimento, deveria a Comissão de Concurso efetuar nova convocação para as provas orais, "observando, dessa feita, o prazo mínimo de quinze dias".
O Tribunal requerido prestou informações nos eventos 23 e 27, oportunidade em que veiculou pedido de reconsideração da medida liminar concedida. O pedido foi indeferido (evento 29). O TJPE prestou novas informações no evento 34.
Posteriormente, no mesmo feito, o candidato Weber Rodrigues Mota formulou requerimento (evento 33), alegando vício na convocação dos candidatos para apresentação de documentação comprobatória de requisitos para delegação e para apresentação de títulos. Afirma que a convocação teria ocorrido em um só chamado, através do Edital TJPE/FCC 15/2013, publicado em 7 de outubro de 2013, fixando as datas de 18 e 21 de outubro de 2013 para entrega dos documentos. Contudo, o edital de abertura do concurso teria previsto no item 13.1.2 o prazo de quinze dias contados da divulgação dos aprovados. Desse modo, o prazo deveria se encerrar em 22 de outubro, e não no dia 21 como ocorrido.
Alegando dificuldades para cumprimento do requisito do edital, por residir em diferentes Estados, requereu seja determinado ao TJPE que, após o resultado do exame psicotécnico, reabra o prazo para entrega de documentação e títulos por mais vinte e quatro horas, com a ressalva de que somente poderão ser apresentados documentos emitidos até 22 de outubro de 2013, data que seria correta nos termos do edital.
O pedido foi negado (decisão constante do evento 38), ao fundamento de que o Requerente não reportara "nenhum prejuízo individual imputável à organização do certame, tendo em vista que seu nome consta na relação dos candidatos convocados para a realização da prova, conforme se verifica no Anexo I do Edital do TJPE nº 19, de 2013, disponível no sítio eletrônico da Fundação Carlos Chagas". Observei, ainda, "a extemporaneidade da petição apresentada, pois a questão tratada no presente procedimento diz respeito a indícios de irregularidade verificados em fase posterior do certame, qual seja, já na de convocação para a prova oral, não nos parecendo razoável, ao fundamento de o concurso ter sido suspenso liminarmente, repetir fases pretéritas, a nosso ver, já preclusas".
O candidato apresentou pedidos de reconsideração nos eventos 46 e 75.
Intimado a se manifestar sobre os aludidos requerimentos, o TJPE sustentou no evento 80 que a fase de apresentação de documentos e títulos se encerrou no dia 21 de outubro de 2013, sem que houvesse nenhuma impugnação pelo Requerente. Ademais, o presente procedimento diria respeito a fase posterior do certame, pelo que pugna pela manutenção da decisão impugnada.
Em despacho no evento 83, foi determinada a intimação do Tribunal requerido para se manifestar acerca das providências tomadas para o cumprimento da decisão liminar prolatada, especificamente quanto ao julgamento dos recursos apresentados pelos candidatos após o exame de personalidade e acerca do novo cronograma para prosseguimento do certame.
Manifestando-se no evento 87, o Tribunal requerido informou que a determinação contida na medida liminar foi cumprida pela Comissão do concurso. Nesse sentido foi realizada uma segunda entrevista devolutiva na qual se deu ciência aos candidatos dos motivos da contraindicação e aberto prazo para apresentação de recurso contra o resultado da avaliação psicológica. Acrescenta que todos os recursos interpostos foram providos, "tendo em vista o segundo parecer da equipe responsável pela avaliação psicológica, que passou a indicar, com restrições, os candidatos anteriormente contraindicados." Informa ainda que no último dia 14 de março foi publicado o edital de convocação para a prova oral, que será realizada a partir do dia 6 de abril de 2014, observando-se o prazo mínimo de 15 dias entra a data da publicação do edital de convocação e a data de realização da prova oral.
No Pedido de Providências nº 6770-82.2013, Carlos Alberto Gomes Machado informa ter sido convocado para o exame de personalidade, conforme edital nº 17, de 2013, tendo sido habilitado para a prova oral, conforme edital nº 18, de 2013. Todavia, o seu nome não constou do edital nº 19, de 2013, por meio do qual a banca examinadora (Fundação Carlos Chagas) disponibilizou a relação de convocados para a prova oral.
Alega o Requerente não ter recebido nenhuma explicação para o fato de o seu nome não ter constado da relação de convocados. Entende que, dessa forma, teve violado o seu direito constitucional de ampla defesa. Pede a concessão de liminar que determine à banca examinadora e ao TJPE a sua inclusão na relação de convocados para a fase de provas orais do mencionado concurso, que tem início previsto para o dia 22 de novembro de 2013. Alternativamente, caso exista alguma justificativa ou impedimento para a realização da prova oral, que lhe seja aberto prazo para apresentar defesa ou recurso contra a decisão.
O pedido liminar foi deferido nos mesmos termos da decisão proferida no PCA nº 6746-54.2013 (evento 21). O TJPE prestou informações nos eventos 25, 29, 35 e 71.
No Pedido de Providências nº 6778-59.2013, Fernando Mauro de Siqueira Borges narra que o seu nome não constou da convocação para as provas orais, não obstante tenha sido aprovado na etapa anterior e listado para ser arguido na prova oral. Afirma que, tendo feito contato com a Fundação Carlos Chagas para saber a causa desse fato, foi orientado a recorrer da decisão, sem receber maiores informações. Entende que a decisão é imotivada, ressaltando não haver previsão no edital de recurso contra o ato administrativo de convocação. Argumenta que nem sequer existe formalmente a decisão de exclusão do certame, que teria ocorrido de forma tácita e subentendida.
O Requerente se insurge ainda contra o prazo entre a convocação e a data prevista para as provas orais, pugnando pela aplicação do entendimento firmado no PCA nº 4358-81.2013, de relatoria do Conselheiro Flavio Sirangelo, em que foi deferida liminar para suspensão da realização das provas do Tribunal de Justiça de Roraima com aplicação subsidiária da Resolução do CNJ nº 75, de 2009, reconhecendo o prazo de quinze dias como o mínimo e razoável. No mesmo sentido, o PCA nº 6328-53, de relatoria do Conselheiro José Lúcio Munhoz.
Requereu a concessão de liminar para suspender a eficácia do Edital nº 19, de 2013, de Convocação para a Prova Oral, determinando-se, por conseguinte, a suspensão do sorteio de pontos para prova oral, bem como das próprias provas orais e da entrevista pessoal. Pediu ainda que se autorize liminarmente a sua participação na fase de provas orais e de entrevistas, na hipótese de manutenção do referido edital.
No mérito, além da confirmação dos provimentos liminares, pediu seja o TJPE compelido a publicar novo edital convocando os aprovados na fase anterior para a prova oral com interregno mínimo de 15 dias de antecedência e, tão somente, após a prévia publicação do resultado do julgamento de eventuais recursos contra atos da comissão de concurso eliminatórias de candidatos do certame.
O pedido liminar foi deferido nos mesmos termos da decisão proferida no PCA nº 6746-54.2013 (evento 19). O TJPE prestou informações nos eventos 23, 27, 33 e 70.
No Procedimento de Controle Administrativo nº 6779-44.2013, Wilson Queiroz Brasil Filho narra ter sido aprovado nas provas objetivas e subjetivas do Concurso Público para ingresso na atividade notarial e de registro do Estado do Pernambuco, tendo sido convocado para o exame de personalidade e para a apresentação de títulos. Informa que, tendo participado dessas fases, o seu nome não constou do Edital nº 19, de 2013, que convocou os candidatos aprovados para as provas orais.
Explica que o exame de personalidade e a apresentação de documentos são etapas distintas que foram realizadas entre os dias 18 e 21 de outubro de 2013, mas que não tiveram os seus resultados publicados. O que ocorreu foi apenas a divulgação do edital de convocação, do qual não constaram os nomes de diversos candidatos, como se estivessem desclassificados, porém sem qualquer fundamentação.
Afirma o Requerente ter sido informado por telefone pela Comissão de Concurso que deveria recorrer administrativamente, solicitando a inclusão de seu nome no referido edital. Todavia, argumenta que não sabe sequer do que deveria recorrer, já que não foram divulgados os fundamentos jurídicos que levaram à sua exclusão da lista.
Vislumbrando violação do princípio da motivação, requereu a concessão de liminar, para que o seu nome seja incluído na lista de candidatos convocados para as provas orais. Requereu, ainda, sejam esclarecidos pela Comissão do Concurso os motivos ensejadores da sua exclusão, para que possam ser exercidos os direitos ao contraditório e à ampla defesa. No mérito, pediu a inclusão definitiva do candidato no Edital nº 19, de 2013 para seu regular seguimento no Concurso Público de Provas e Títulos para Outorga de Delegação de Notas e Registros do Estado do Pernambuco.
O pedido liminar foi deferido nos mesmos termos da decisão proferida no PCA nº 6746-54.2013 (evento 19). O TJPE prestou informações nos eventos 24, 27, 34 e 71.
No Pedido de Providências nº 6784-66.2013, Tiago Junqueira de Almeida relata ter sido eliminado na fase de Exame Psicotécnico ou Exame de Personalidade e Entrega de Documentos do Concurso Público de Provas e Títulos para provimento da Outorga de Delegações de Notas e de Registro do Estado de Pernambuco, sem saber o motivo e sem que fosse possível utilizar-se dos recursos previstos no edital. Entende o Requerente que a eliminação, tal como ocorrida, sem motivação ou informação, ofende as garantias básicas do processo administrativo legítimo e constitucional.
Requereu a concessão de liminar, determinando a imediata suspensão do cronograma de arguição dos candidatos convocados para prova oral, nos termos do edital nº 19, de 2013, bem como providências junto ao TJPE com a finalidade de tornar pública a divulgação dos motivos de eliminação dos candidatos, seja no exame psicotécnico, seja na apresentação de documentos, com a consequente abertura de prazo recursal após o conhecimento dos motivos da eliminação do certame.
O pedido liminar foi deferido nos mesmos termos da decisão proferida no PCA nº 6746-54.2013 (evento 19). O TJPE prestou informações nos eventos 24, 27, 33 e 70.
No Procedimento de Controle Administrativo nº 6785-51.2013, Lázaro Antônio da Costa relata ter sido eliminado na fase de Exame Psicotécnico ou Exame de Personalidade e Entrega de Documentos do Concurso, sem que lhe fossem informados os motivos de sua exclusão do certame. Argumenta que essa situação o impede de exercer seu direito de defesa. Sustenta que inexiste previsão no edital do certame de caráter eliminatório do exame de personalidade e ilegalidade do ato que exige documentos para quem resida fora do Estado de Pernambuco.
Requereu a concessão de liminar, com vistas a determinar sua participação na prova oral e da entrevista pessoal, bem como para determinar à Comissão do Concurso que apresente motivação acerca do fato que ensejou sua exclusão do certame. Requer ainda o afastamento da exigência dos documentos previstos na alínea 7.1.1 do item VI do edital de abertura.
O pedido liminar foi deferido nos mesmos termos da decisão proferida no PCA nº 6746-54.2013 (evento 12). O TJPE prestou informações nos eventos 33, 52 e 58.
No Procedimento de Controle Administrativo nº 6870-37.2013, Fábio César Hildebrand Silva relata ter sido contraindicado na fase de Exame Psicotécnico ou Exame de Personalidade do Concurso. Em consequência, foi excluído do certame, não tendo sido convocado para a prova oral.
Sustenta que o edital de abertura não detalhou nem publicou os critérios objetivos do exame de personalidade, não tendo igualmente viabilizado oportunidade de revisão do seu resultado.
Requereu, nesse sentido, medida liminar visando à nulidade do exame de personalidade, à suspensão do concurso e inclusão de seu nome na lista dos candidatos aprovados para a prova oral.
O pedido liminar foi deferido nos mesmos termos da decisão proferida no PCA nº 6746-54.2013 (evento 10). O TJPE prestou informações nos eventos 31, 49 e 56.
No Procedimento de Controle Administrativo nº 6915-41.2013, Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti afirma que, nos termos do Edital nº 1, de 2012, participou do exame de personalidade, tendo sido surpreendido com o resultado que não o relacionou entre os candidatos aptos a prosseguir no certame. Sustenta que exerce há muitos anos, de forma produtiva, a função de professor universitário e de Desembargador Federal e que tal resultado não corresponde à sua condição psicológica e psiquiátrica. Acrescenta que lhe foi negada vista, extração de cópias do exame, tampouco a possibilidade de interpor recurso contra o resultado do exame psicotécnico, o que contrariaria a jurisprudência firmada sobre a matéria.
Requereu medida liminar para determinar para ordenar à Comissão do Concurso permitir a extração de cópias das peças que compuseram o Exame de Personalidade, bem como que o prazo para a interposição do recurso apenas tenha início com a entrega de tais documentos. Requereu ainda seu prosseguimento no concurso, garantindo-se sua participação na prova oral.
O pedido liminar foi deferido nos mesmos termos da decisão proferida no PCA nº 6746-54.2013 (evento 15). O TJPE prestou informações nos eventos 28, 45 e 53.
O Requerente se manifestou no evento 49, informando que, uma vez provido o recurso, recebeu cartão informativo das datas de realização do sorteio de ponto/entrevista e prova oral, mantendo-o no concurso público.
No Procedimento de Controle Administrativo nº 6977-81.2013, Fabiana Aparecida Canuto Filgueiras afirma que, tendo sido aprovada nas fases anteriores do Concurso regido pelo Edital nº 1, de 2012, se submeteu ao Exame de Personalidade. Diz que, no entanto, foi surpreendida com o desaparecimento do seu nome da lista dos aprovados, sem qualquer explicação. Acrescenta que na entrevista devolutiva, para a qual fora convocada, as psicólogas negaram acesso à prova e aos laudos, não tendo sido comunicada de que deveria trazer consigo um profissional de psicologia para tanto.
Sustenta que a aplicação do exame psicotécnico não atendeu aos critérios de previsão legal, objetividade e possibilidade de recurso ao candidato excluído, conforme entendimento do STF. Pediu medida liminar para autorizar sua participação no prosseguimento do concurso e, subsidiariamente, a manutenção de sua suspensão até decisão final quanto à participação dos candidatos excluídos. Requereu, ainda, que se permita a extração de cópias do seu teste, garantindo-lhe prazo razoável para a interposição do recurso. No mérito, pugna pelo enquadramento do exame psicotécnico como fase não eliminatória do concurso. Subsidiariamente, requer a anulação do exame dos candidatos excluídos do certame e a realização de outro teste psicológico pautado em critérios objetivos, de caráter apenas indicativo.
O pedido liminar foi deferido nos mesmos termos da decisão proferida no PCA nº 6746-54.2013 (evento 11). O TJPE prestou informações nos eventos 32 e 49. A Requerente se manifestou novamente no evento 51 e 55. O Tribunal requerido prestou informações nos eventos 57 e 64.
No Procedimento de Controle Administrativo nº 7066-07.2013, Jefferson Ouribes Flores e outros sustentam que se submeteram ao Concurso Público de que trata o Edital nº 1, de 2012, e que em virtude dos mesmos fatos já relatados em outros procedimentos, seus nomes não apareceram na lista dos participantes da prova oral. Sustentam várias nulidades no exame psicotécnico ao qual se submeteram, como o esclarecimento ao candidato dos motivos de sua exclusão, com antecedência mínima de 10 dias da realização da prova oral. Apontam ainda a ausência de critérios objetivos de avaliação, irregular caráter eliminatório e ausência de previsão do teste na lei da carreira, impossibilidade de interposição de recurso, além de situações fáticas ocorridas durante sua realização, que teriam ferido a isonomia do certame.
Requereram liminar para que fosse suspenso o concurso. No mérito, pugnaram pela declaração de nulidade do exame psicotécnico e inclusão definitiva na prova oral de todos os candidatos excluídos do certame em razão do referido exame.
Em despacho no evento 13, por termos entendido que a decisão prolatada no PCA nº 6746-54.2013 e os demais já referidos já ampara cautelarmente a pretensão dos Requerentes, julgamos prejudicado o pedido liminar.
Nova petição foi apresentada nos eventos 38 e 40, em que os Requerentes pugnam pela suspensão liminar da convocação realizada pelo TJPE, por meio do Edital nº 21, de 2013, para que os candidatos contraindicados na Avaliação Psicológica possam comparecer à Entrevista Devolutiva.
Requerem, ainda, a declaração de nulidade do teste psicotécnico e o imediato prosseguimento do concurso.
O pedido foi indeferido (evento 52). Em resposta às petições apresentadas nos eventos 47 a 49, o TJPE prestou informações no evento 55.
Novas informações foram prestadas nos eventos 58 e 64.
No Procedimento de Controle Administrativo nº 7115-48.2013, a Requerente Natasha Barbarioli Coutinho, alegando irregularidade no exame psicotécnico, veiculou pedido liminar para prosseguir no Concurso, independente do resultado final do exame de personalidade. Requer ainda prazo razoável para a interposição de recurso contra o resultado de inaptidão decorrente do exame de personalidade, permitindo a extração de cópias do seu teste. No mérito, pugna pelo reenquadramento do aludido exame como fase não eliminatória do concurso e, subsidiariamente, a anulação do exame dos candidatos excluído, bem como a realização de outro exame pautado em critérios objetivos, de caráter apenas indicativo.
Tendo em vista que a realização das provas orais já se encontrava suspensa por força de decisão liminar em procedimentos anteriores, julgamos prejudicado o pedido (evento 10).
O Tribunal requerido prestou informações nos eventos 35 e 42.
É o relatório. Passo a decidir.
Inicialmente, transcrevo a decisão liminar que assegurou aos candidatos eliminados o direito de serem informados sobre os motivos da sua exclusão do certame, bem como a interposição de recursos antes de ser procedida nova convocação:
A Resolução do CNJ nº 81, de 2009, que dispõe sobre os concursos públicos de provas e títulos para a outorga das Delegações de Notas e de Registro, contém minuta de edital de observância compulsória por parte de todos os Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, nos termos de remansosa jurisprudência deste Conselho Nacional (Consulta nº 3016-40.2010, Rel. Cons. Paulo Tamburini; PCA nº 1518-69.2011, Rel. Cons. Jorge Hélio Chaves de Oliveira; PP nº 5727-81.2011, Rel. Cons. Eliana Calmon).
Nesse sentido, a interpretação sistemática do referido ato permite afirmar que, entre a realização das fases de apresentação de títulos e de exame de personalidade e a fase de provas orais, deve haver um prazo mínimo de dez dias.
É o que se lê no item 8.1 da minuta de edital anexa à Resolução:
8.1. A Comissão de Concurso reserva-se o direito de solicitar ou requisitar, de quaisquer fontes, informações sigilosas, escritas ou verbais, relativas à personalidade e à vida pregressa do candidato. Cabe à comissão, no prazo de 10 (dez) dias anteriores à prova oral, fundamentar a recusa de qualquer dos candidatos, dando a estes ciência pessoal e reservadamente.
No mesmo sentido da Resolução do CNJ nº 81, de 2009, o edital de abertura do certame dispõe no item IX, 1, o seguinte procedimento:
A Comissão de Concurso reserva-se o direito de solicitar ou requisitar, de quaisquer fontes, informações sigilosas, escritas ou verbais, relativas à personalidade e à vida pregressa do candidato. Cabe à Comissão, no prazo de 10 (dez) dias anteriores à prova oral, fundamentar a recusa de qualquer dos candidatos, dando a estes ciência pessoal e reservadamente.
Esse o quadro normativo aplicável ao caso concreto, os elementos constantes dos autos dão conta de que os procedimentos adotados pela Comissão de Concurso aparentemente não transcorreram em sua inteira normalidade.
Em primeiro lugar, o próprio prazo de dez dias pode ter sido inobservado. O Edital nº 19, de 2013, publicado no Diário da Justiça Eletrônico de 12 de novembro de 2013, edição nº 211/2013, previu a realização das provas a partir do dia 22 de novembro de 2013, conforme a relação publicada no seu Anexo I.
Todavia, o mesmo edital ressalva no item 2.1 que "o candidato deverá, com 24 horas de antecedência de sua arguição, comparecer ao local de realização da prova para a realização do sorteio do ponto a ser objeto de questionamento durante sua Prova Oral". Ora, não há dúvida de que o "sorteio do ponto" faz parte do procedimento de avaliação considerado no seu conjunto.
É saber: os candidatos a serem arguidos no primeiro dia deverão comparecer no local de realização da prova no dia 21 de novembro de 2013, ou seja, nove dias após a convocação. Evidente, portanto, que ao menos em relação a esse grupo de candidatos o prazo de dez dias não terá sido cumprido.
Em segundo lugar, os diversos casos de candidatos que, embora aprovados nas fases anteriores do certame, tiveram seus nomes excluídos da lista de convocação, são um indicativo de que possam ter sido descumpridas as disposições aplicáveis ao concurso público.
O relato dos candidatos Tiago Junqueira de Almeida, Wilson Queiroz Brasil Filho, Fernando Mauro de Siqueira Borges e Carlos Alberto Gomes Machado é coincidente, no que diz respeito à possível inobservância, pela Comissão de Concurso, do item 8.1 da Resolução do CNJ nº 81, de 2009, uma vez que não teria havido fundamentação expressa para a recusa dos mencionados candidatos. Não há informação de que os candidatos excluídos tiveram ciência pessoal e reservada das razões da sua exclusão do certame.

Se tal procedimento não foi observado pela Comissão de Concurso, forçoso concluir pelo descumprimento do prazo de dez dias e, em consequência, pelo desrespeito às regras de regência do concurso público, sejam disposições expressas do edital, seja o princípio geral da motivação dos atos administrativos.
Não havendo registro de que o procedimento foi devidamente cumprido, encontra-se presente, portanto, o fumus boni iuris, a amparar a pretensão liminar dos Requerentes.
Do mesmo modo, patente também o periculum in mora, na medida em que a fase de provas orais deverá ter início no dia 21 de novembro de 2013, sendo que a sua realização antes do esclarecimento dos fatos ora relatados poderá importar prejuízo irreparável para os Requerentes.
Ademais, a título ilustrativo, cabe ressaltar que, em situação semelhante, este Conselho já determinou a suspensão de avaliações previstas em concurso público, considerando que os prazos fixados não teriam sido razoáveis, observadas as circunstâncias concretas.
Em decisão liminar no PCA nº 4358-81.2013, referendada pelo Plenário em 1º de agosto de 2013, o Conselheiro Ney José de Freitas determinou a suspensão de provas agendadas em Concurso para Outorga de Delegação de Notas e Registros do Estado de Roraima, para que fosse agendada nova data para as avaliações, observado o prazo mínimo de quinze dias de antecedência para a convocação dos candidatos.
Atentou-se, na ocasião, para as peculiaridades logísticas locais, que requereriam prazo razoavelmente maior para que os concorrentes pudessem se organizar para as provas. Observou-se, ainda, ser mais razoável o prazo mínimo de quinze dias, fixado pela Resolução do CNJ nº 75, de 2009, que dispõe sobre os concursos para ingresso na magistratura.
Ante todo o exposto, havendo fundados indícios de descumprimento de disposições editalícias, bem como o risco de perecimento de direito, DEFIRO medida liminar para suspender a realização das provas orais do Concurso Público de Provas e Títulos para provimento da Outorga de Delegações de Notas e de Registro do Estado de Pernambuco, conforme Edital n. 19, de 2013, publicado no Diário da Justiça Eletrônico de 12 de novembro de 2013 (edição nº 211/2013).
Determino à Comissão de Concurso que informe a todos os candidatos aprovados na fase anterior cujos nomes não constaram do edital de convocação para as provas orais os motivos da sua exclusão, assegurando-lhes a oportunidade de impugnação da decisão administrativa, antes de ser procedida a nova convocação. Após a adoção desse procedimento, deverá a Comissão de Concurso efetuar nova convocação para as provas orais, observando, dessa feita, o prazo mínimo de quinze dias.
Referida decisão foi referendada pelo Plenário do CNJ, à unanimidade, na 180ª Sessão Ordinária, realizada no dia 2 de dezembro de 2013 (evento 51 do PCA nº 6746-54.2013).
Em cumprimento à decisão liminar ratificada pelo Plenário do CNJ, o TJPE realizou novas entrevista devolutiva, dando ciência aos candidatos dos motivos da contraindicação e abrindo prazo para apresentação de recurso contra o resultado da avaliação psicológica. As providências, acompanhadas dos documentos comprobatórios, foram juntadas no evento 87 do PCA nº 6746-54.2013.
Os recursos interpostos, por sua vez, foram todos providos, "tendo em vista o segundo parecer da equipe responsável pela avaliação psicológica, que passou a indicar, com restrições, os candidatos anteriormente contraindicados."
Além disso, o TJPE já publicou, no dia 14 de março de 2014, o edital de convocação para a prova oral. A avaliação será realizada a partir do dia 6 de abril de 2014, o que, a toda evidência, assegura o prazo mínimo de 15 dias entra a data da publicação do edital de convocação e a data da prova, tal como determinado na decisão liminar.
Em outras palavras, pode-se dizer que o TJPE deu integral cumprimento à decisão liminar do CNJ, sanando os vícios decorrentes da inobservância do prazo mínimo de convocação para as provas orais (item 8.1 da minuta anexa à Resolução do CNJ nº 81, de 2009) e das restrições ao direito de impugnar as decisões administrativas.
Em relação a esses pontos, portanto, os pedidos dos Requerentes reputam-se inteiramente atendidos, caracterizando-se a perda superveniente de objeto dos procedimentos administrativos.
Vale registrar que não merecem prosperar as demais impugnações apresentadas pelos Requerentes.
Nesse sentido, é de todo improcedente a alegação de que não é cabível a aplicação de exames relativos à personalidade e à vida pregressa do candidato em Concurso para Outorga de Delegações de Notas e de Registro. O fundamento para tais avaliações decorre diretamente da Lei nº 8.935, de 1994, cujo art. 14, VI, exige que a delegação para o exercício da atividade notarial e de registro depende da "verificação de conduta condigna para o exercício da profissão".
O dispositivo legal encontra regulamentação administrativa no item 5.6.8 da minuta anexa à Resolução do CNJ nº 81, de 2009, que prevê que "o candidato habilitado para a Prova Oral será submetido a exames de personalidade, compreendidos o psicotécnico e o neuropsiquiátrico, na forma que a Comissão de Concurso estabelecer".
Portanto, não vemos nenhuma irregularidade na exigência dos referidos testes, que decorre diretamente da orientação normativa fixada por este Conselho Nacional.
Também não merece acolhida a alegação de nulidade ante o suposto caráter eliminatório atribuído ao certame. É que o ponto também se encontra superado, já que todos os Requerentes foram aprovados. Evidente que, dessa forma, não sofreram nenhuma consequência negativa. Aplica-se, no caso concreto, princípio geral de Direito Administrativo segundo o qual não há nulidade sem prejuízo.
Do mesmo modo, estão superados todos os questionamentos envolvendo a realização do exame de personalidade, inclusive as objeções levantadas em relação à suposta falta de objetividade dos critérios adotados, tendo em vista a posterior "indicação" de todos os Requerentes.
Não há, pois, nenhum prejuízo a ser sanado, sendo injustificável a intervenção deste órgão de controle.
Quanto ao pedido de reabertura de prazo para apresentação de documentos, o ponto também já se encontra superado, já que, no evento 38 do PCA nº 6746-54.2013, o pedido de reabertura de prazo para entrega de documentos foi indeferido.
Conforme registramos, o autor do pedido, o candidato Weber Rodrigues Mota, não reportou nenhum prejuízo individual imputável à organização do certame. Vale registrar que o candidato foi convocado para a realização da prova oral, conforme se verifica no Anexo I do Edital do TJPE nº 19, de 2013, disponível no sítio eletrônico da Fundação Carlos Chagas. Observei, ainda, "a extemporaneidade da petição apresentada, pois a questão tratada no presente procedimento diz respeito a indícios de irregularidade verificados em fase posterior do certame, qual seja, já na de convocação para a prova oral, não nos parecendo razoável, ao fundamento de o concurso ter sido suspenso liminarmente, repetir fases pretéritas, a nosso ver, já preclusas".

Enfim, é inegável que o TJPE atuou para sanar os vícios ocorridos na fase dos exames de personalidade. Em consequência, forçoso reconhecer a perda de objeto dos presentes feitos.
Ante todo o exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos nos termos da limar deferida, reconhecendo a perda superveniente do objeto e determinando, com fundamento do inciso X do art. 25 do Regimento Interno do CNJ, o arquivamento dos seguintes procedimentos: 6746-54.2013, 6770-82.2013, 6778-59.2013, 6779-44.2013, 6784-66.2013, 6785-51.2013, 6870-37.2013, 6915-41.2013, 6977-81.2013, 7066-07.2013 e 7115-48.2013.
Sejam desapensados os procedimentos 4397-78.2013, 4742-44.2013 e 6069-24.2013.
Intimem-se as partes.
À Secretaria Processual, para as providências cabíveis.
Brasília/DF, data infra.
FABIANO SILVEIRA
Conselheiro

Fonte: CNJ.

Publicação: Portal do RI (Registro de Imóveis) | O Portal das informações notariais, registrais e imobiliárias!

Para acompanhar as notícias do Portal do RI, siga-nos no twitter, curta a nossa página no facebook, assine nosso boletim eletrônico (newsletter), diário e gratuito, ou cadastre-se em nosso site.


Menina terá dupla paternidade em seu registro

Justiça de GO autorizou que seja acrescentado em seus registros o nome do padrastro e do pai biológico.

O juiz Andrey Máximo Formiga, da comarca de Estrela do Norte/GO, concedeu direito a uma garota para que seja reconhecida dupla filiação paterna e seja acrescentado em seus registros o nome de seu padrastro e de seu pai biológico.

Em ação de investigação de paternidade ajuizada pelo pai, representando a garota, foi manifestado o pleito de alterar o nome da menor e acrescentar o sobrenome "Cardoso", de seu pai biológico. O magistrado observou que não seria necessário apresentar outras provas, pois as partes entraram em acordo.

Ele observou que diante dos novos paradigmas comportamentais apresentados pela sociedade, "se tornou comum a existência de dois indivíduos exercendo a função de pai". Andrey Máximo pontuou que há a figura do pai socioafetivo, que contribui com a educação e dispensa carinho, afeto e respeito, e a do pai biológico, que contribuindo ou não com isso, é o responsável pelo material genético.

De acordo com ele, poderá ser reconhecido como pai o genitor que tiver relação parental já estruturada com o filho. "Percebe-se que a dupla parternidade já se tornou uma realidade na sociedade e no comportamento humano, o que se impõe juridicamente", frisou.

O juiz pontuou que o meio jurídico vem evoluindo no sentido de reconhecer a inclusão de um segundo pai no registro do filho. "A Lei de Registros Públicos sofreu modificação e incluiu o parágrafo 8º no artigo 57 da lei 6.015 para permitir que o enteado possa incluir em seus registros de nascimento o nome de família de seu padrasto", afirmou.

Para o magistrado, embora não seja comum, "é perfeitamente possível o pedido das partes, na medida que se preze o melhor interesse da menor".

Fonte: Migalhas | 08/04/2014.

Publicação: Portal do RI (Registro de Imóveis) | O Portal das informações notariais, registrais e imobiliárias!

Para acompanhar as notícias do Portal do RI, siga-nos no twitter, curta a nossa página no facebook, assine nosso boletim eletrônico (newsletter), diário e gratuito, ou cadastre-se em nosso site.


Tabeliã será indenizada por reportagem sensacionalista

A 2ª câmara de Direito Civil do TJ/SC majorou de R$ 10 mil para R$ 30 mil o valor da indenização.

A 2ª câmara de Direito Civil do TJ/SC majorou de R$ 10 mil para R$ 30 mil o valor da indenização que deverá ser paga por um órgão de comunicação em favor de tabeliã que teve seu nome envolvido em reportagens sobre golpes na venda de lotes inexistentes. Segundo o jornal, a autora lavrou em seu cartório substabelecimentos sem validade, ciente do fato.

Segundo os autos, a tabeliã comprovou, no transcurso do inquérito policial aberto para apurar a fraude, que agira corretamente na lavratura de tais documentos, com o cuidado de verificar a validade do mandato original e proceder a averbação provisória nos substabelecimentos.

Apesar de a empresa jornalística, em apelação, alegar que apenas cumpriu com seu dever de informar, o relator do recurso, desembargador substituto Gilberto Gomes de Oliveira, entendeu que houve excesso nos registros da notícia. Para o magistrado, a matéria foi “sensacionalista” ao afirmar que a autora teve envolvimento intencional com os golpistas. O relator explicou que a participação da tabeliã seria indireta e, diante dos fatos, o próprio MP absteve-se de oferecer denúncia contra ela.

“Me parece evidente, portanto, que a Editora […] não cumpriu com o seu compromisso, tão apregoado em suas peças e razões recursais, de divulgar informação clara e precisa sobre o verdadeiro acontecimento dos fatos, pois não houve respeito, no caso espelhado neste caderno processual, com o direito à imagem e à honra de um cidadão que, frise-se, desempenha uma função de relevante valor moral e social”, enfatizou o relator. A decisão foi unânime.

A notícia refere-se ao seguinte processo: 2010.058707-7.

Clique aqui e leia a apelação na íntegra.

Fonte: Migalhas | 07/04/2014.

Publicação: Portal do RI (Registro de Imóveis) | O Portal das informações notariais, registrais e imobiliárias!

Para acompanhar as notícias do Portal do RI, siga-nos no twitter, curta a nossa página no facebook, assine nosso boletim eletrônico (newsletter), diário e gratuito, ou cadastre-se em nosso site.