CRISTIANISMO SEM CRISTO

* Amilton Álvares

A igreja primitiva tinha algo de sobrenatural que perdemos ao longo da história. No livro de Atos dos Apóstolos temos o relato de como se movia e como se desenvolvia a igreja no primeiro século da Era Cristã: – “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo as suas propriedades e bens distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos” (At. 2:42-47).

Não havia um templo em cada esquina. Naquele grupo reduzido de cristãos não havia um apóstolo chefe. Não havia cardeal, bispo ou reverendo. Não havia um padre general ou um pastor rei. Todos eram iguais. Os apóstolos eram servos. O povo de Deus estava feliz. Jesus Cristo era o cabeça da igreja, a sua presença era visível aos que perseveravam na fé. Os cristãos podiam sentir o sopro do Espírito Santo (At. 2).

Infelizmente, hoje, não é assim. Temos santuários-shopping, líderes espirituais que disputam holofotes com celebridades midiáticas, gente que emprega o nome de Deus em busca de ascensão política e social. A busca de projeção pessoal passou a ter mais importância do que a simplicidade da pregação do Evangelho da Salvação em Cristo Jesus. Os orçamentos das igrejas agigantaram-se e pouco se dedica ao cuidado de pessoas. O povo está desorientado, muitos fiéis não sabem quem é o cabeça da igreja e poucos conhecem o Salvador.

Jesus Cristo é o mesmo de ontem e não mudará no amanhã. A mensagem do Evangelho não mudou. É tempo de resgatar a simplicidade da igreja e da própria vida. É tempo de olhar para trás e voltar a ser família cristã. É tempo de amar a Deus e ao próximo. É tempo de viver a dor do outro como se a dor doesse em você. É tempo de marchar na construção e reconstrução de paradigmas, tempo de lembrar que Deus quer ser ouvido e participar de sua vida. Tempo de orar, compartilhar e ser generoso. Tempo de destronar o ego e entronizar o Espírito Santo de Deus. Tempo de deixar Deus soprar novos ventos no curso da própria vida. Tempo de parar, descansar, viver o hoje e deixar para Deus as preocupações com o amanhã. Tempo de regozijar-se diante da magnífica obra de Deus estampada na natureza; tempo de manifestar gratidão a Deus por respirar e existir. Tempo de deixar o sobrenatural de Deus invadir a minha e a sua vida. Tempo de desfrutar a paz de Jesus Cristo, a paz que excede a todo entendimento. Tempo de ser José ou Maria, de ser João ou Benedita, só homem ou só mulher. Tempo de construir relacionamentos consistentes e saudáveis; tempo de brincar com o filho e honrar pai e mãe. Tempo de ser você – você com Deus; pois não temos o controle da vida, não somos donos de ninguém e não sabemos quando se dará o fim de nossa existência terrena. E, ainda que as coisas não andem bem, ainda que Deus não tenha revelado tempos ou datas acerca da consumação dos séculos, podemos ter a certeza de que o mesmo Jesus que ascendeu aos céus, depois da ressurreição, um dia voltará para estabelecer o seu reino de glória e de justiça com os seus (At. 1:7-11). O penhor da nossa fé é Jesus Cristo. Por isso podemos entoar o cântico do apóstolo Paulo e declarar firmemente: “Diante de Deus ninguém é justificado pela lei, pois o justo viverá pela fé” (Gálatas 3.11). Ser Família Cristã é viver pela fé, viver Cristianismo com Cristo. Vivamos então pela fé!

Para meditação: O homem, nascido de mulher, vive breve tempo e cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha. Vai-se como sombra passageira e não dura muito (Jó 14.1-2).

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O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. CRISTIANISMO SEM CRISTO. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 092/2014, de 19/05/2014. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2014/05/19/cristianismo-sem-cristo/. Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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O Maior Presente de Todos

                    

– Você já calculou o quanto gasta em presentes no Natal? Certamente a maioria de nós tem esta conta na cabeça e ela não é pequena.

A verdadeira mensagem do Natal não são os presentes que damos uns aos outros. Pelo contrário, é um lembrete do presente que Deus deu a cada um de nós. É o único presente que realmente é dado de forma continuada. Por isso, quero destacar quatro coisas sobre ele.

1º)- Ele é surpreendente. Quando o Natal se aproxima, muitas vezes você tenta descobrir se as pessoas compraram aquele presente que você realmente queria. Talvez você já saiba o que elas adquiriram, pois não esconderam muito bem. Mas quando chega o dia de abrir o presente, você tem que fingir que está surpreso. No entanto, o tempo todo, você já sabia o que era. O Presente de Deus para nós, no entanto, foi uma completa surpresa. Não era esperado e, examinando com mais cuidado, percebe-se como é grande esse presente.

2º)- O presente de Deus veio até nós no mais simples dos pacotes. O que você pensaria se visse um presente em sua árvore de Natal o qual foi embrulhado em jornal e amarrado com corda? Você provavelmente diria que não é um presente. Mas pense no presente de Deus para nós. Jesus não nasceu num palácio de ouro. Ele nasceu numa estrebaria. Ele estava vestido com trapos e foi colocado numa manjedoura (cocho). No entanto, essas coisas não diminuíram a importância da história do nascimento de Jesus. Acima de tudo, ela nos ajuda a perceber o grande sacrifício que Deus fez por nós. O presente de Deus para a humanidade, o dom supremo da vida eterna através de Seu Filho, Jesus Cristo, veio no mais simples e humilde dos pacotes. Sobre a aparência de Jesus, a bíblia nos diz: "[…] não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse" (Isaías 53:2).

3º) Não merecemos este presente. No Natal damos presentes para as pessoas que gostamos, para os que foram gentis conosco no ano que passou, ou para aqueles de quem já havíamos recebido algum presente. Não damos presentes para aquela pessoa que nos caluniou ou para o vizinho irritado que nunca tem uma palavra gentil a dizer. No entanto, Deus nos deu o Seu presente quando éramos Seus inimigos. Ele não nos deu esse presente porque merecíamos. Na verdade, foi exatamente o oposto. A Bíblia nos diz: "Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores" (Romanos 5:8).

4º) O presente nos diz algo sobre o doador. Quando você quer dar um presente a alguém, você começa a pensar sobre isso antecipadamente. Você tenta encontrar aquilo que a pessoa precisa ou quer. Quando Deus decidiu nos dar o dom da vida eterna, isso não foi algo aleatório, um plano que começava ali. Muito antes havia uma cidade chamada Belém, um jardim chamado Éden e um planeta chamado Terra. A decisão foi tomada na eternidade. Deus iria enviar o Seu Filho, nascido de uma mulher, para resgatar os que estavam debaixo da lei.

A Bíblia diz que o cordeiro foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8). Que ninguém se engane sobre isso: esse presente que Deus nos deu foi a coisa mais sacrificial que Ele poderia ter oferecido.

Assim, o Natal não trata dos presentes que você tem sob a sua árvore agora. Todas essas coisas um dia desaparecerão. Tudo o que vai ficar depois dessa vida é a alma humana, que viverá para sempre. Podemos cuidar bem do que temos aqui, mas isso tudo vai passar.

A vida é o que acontece após a morte. A vida é conhecer ao Deus que te fez e que te deu o maior presente que você poderia um dia receber.

Clique aqui e leia o texto original.

Fonte: Devocionais Diários I 24/12/2013.

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