PRECIOSISMOS SEM FIM

* Amilton Alvares

O pensamento de Dostoyevsky é uma boa receita para conter preciosismos, que acabam se manifestando como desvios de caráter: “O mais inteligente de todos, em minha opinião, é aquela pessoa que chama a si mesmo de tolo pelo menos uma vez por mês” –  Feodor Dostoyevsky.

Você pode ser diligente e crítico. De certa forma isso é bom, pois faz manter o foco e ajuda a prevenir erros marcantes. Porém, autocrítica em excesso normalmente causa problemas de relacionamento e cria dificuldades para quem anda a seu lado. Pode fazer você descartar planos e idéias que podem ser extremamente valiosos. Pode fazer de você uma pessoa emblemática e cruel

Preste atenção na autocrítica que você exerce sobre si mesmo. Frequentemente é algo útil e saudável. Porém, não permita que você seja imobilizado em função de sua própria crítica. E não permita que a autocrítica exacerbada cause dano, especialmente, às pessoas que você ama e estão com você na jornada da vida.

É bom buscar desenvolver um alto padrão de qualidade na própria vida e conduta social. No entanto, é bom que isso não cause problemas para quem anda a seu lado nem para você mesmo. Tenha em mente que sempre haverá falhas e tropeços. Equilibre a sua autocrítica com alguma moderação. Permita que a sua autocrítica mova as pessoas para a frente. Seja um encorajador de vidas. Olhe realisticamente para as suas próprias fraquezas e limitações. Não pense de si mais do que convém, conforme a recomendação bíblica de Romanos 12.3: – “Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu” Veja as dificuldades como verdadeiras oportunidades, porque é isto que elas realmente são. Responda às suas próprias criticas com um renovado e positivo compromisso com as pessoas e com você mesmo, pois nessas respostas estão os segredos para o progresso e realização. O preciosismo e a busca da excelência clamam por uma causa e um fim divinos. A vaidade não pode ser a nossa deusa; é Deus quem dá sentido às nossas vidas. Esse toque sobrenatural de Deus pode trazer a moderação que todos nós precisamos na construção de relacionamentos saudáveis. Siga a recomendação de Salomão: “Meu filho, se você aceitar as minhas palavras e guardar no coração os meus mandamentos; se der ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento; se clamar por entendimento e por discernimento gritar bem alto, se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer ao Senhor e achará o conhecimento de Deus” (Pv. 2:1-5).

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. CRISTIANISMO SEM CRISTO. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 095/2014, de 22/05/2014. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2014/05/22/preciosismos-sem-fim/. Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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Qual é o critério de Deus para distribuir sofrimento? – Parte II

*Amilton Alvares

Na primeira parte desta reflexão (https://www.portaldori.com.br/2014/02/19/qual-e-o-criterio-de-deus-para-distribuir-sofrimento/), procuramos entender que o sofrimento não vem como contrapartida de uma vida de excessos ou de pecado. Sofrimento também não pode ser explicado diante de uma relação de causa e efeito, do tipo “aqui se faz, aqui se paga”. Não pode ser visto como simples punição divina nem é adequado entender ser fruto da manifestação da ira de Deus. Pode originar-se de um ataque diabólico, mas o Diabo não pode ser culpado por todos os infortúnios da vida. Os bons e os maus enfrentam o sofrimento; e em determinadas fases da vida parece até que os “bons” sofrem mais do que os “maus”. O salmista da Bíblia enfrentou esse dilema ao escrever o Salmo 73 e mostrou todo o seu inconformismo diante de Deus ao perquirir – “Por que prosperam os ímpios?” (Sl. 73).

A humanidade não pode ser dividida em dois grandes grupos, o dos bons e o dos maus, mesmo porque, efetivamente, ninguém é inteiramente bom. Todos somos pecadores. A ideia de que o sofrimento é consequência do pecado sempre povoou a mente humana. Há um relato na Bíblia em que os discípulos perguntavam acerca de um cego de nascença, que, depois, foi curado por Jesus. Perguntaram os discípulos – “Senhor quem pecou, ele ou os seus pais?”. A resposta de Jesus espanca qualquer dúvida – “Nem ele, nem os pais dele”. E acrescentou Jesus – “Ele está assim, para que na vida dele se manifestasse a glória de Deus” (João 9:1-6). Esta passagem bíblica não autoriza ninguém a pensar que sofrimento é consequência direta do pecado. Na equação de Deus sempre tem lugar para a manifestação da graça, por isso dá para entender a situação do ladrão na cruz, em quem Jesus viu arrependimento para oferecer-lhe o ingresso na eternidade com Deus. A Graça desqualifica o pensamento justiceiro e retributivo do “aqui se faz, aqui se paga”.

Precisamos entender que Deus está escrevendo a sua história com os homens e as mulheres, gente a quem ama e quer salvar. Estamos na jornada rumo à eternidade. Lá, não haverá pranto nem dor. Na jornada terrena, o mal bate na porta do rico e na porta do pobre. Os bons e os maus sofrem neste mundo. Ninguém está livre do sofrimento, mas Deus não deixa de assistir aos seus filhos, especialmente na dor. O salmista diz que “Só Ele cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas” (Sl. 147:3). É importante buscar maturidade espiritual para lidar com as feridas desta vida e é bom saber que a dor sempre bate à porta de todos. Sejamos diligentes em aprender com o sofrimento. E confiantes, porque Deus não dá o fardo maior do que podemos suportar (ou, conforme a linguagem poética do Adoniran Barbosa, “Deus dá o frio conforme o cobertor”).

Como sempre estamos ao alcance do sofrimento, é bom a gente aprender a lidar com ele. Sofrimento dói, machuca, mas podemos enfrentar a crise com outra perspectiva. É preciso saber que o sofrimento edifica espiritualmente, fortalece a fé, promove despertamento nas pessoas do nosso círculo de amizades, especialmente nos mais próximos. E a dor nos aproxima do Criador, em quem buscamos dependência e consolo. O sofrimento molda e fortalece o caráter, por isso podemos cantar com Paulo – “Gloriemo-nos nas próprias tribulações, porque a tribulação produz perseverança, a perseverança, um caráter aprovado, e o caráter aprovado, esperança (Rm. 5:1-4). Quanto ao mais, é bom saber que estamos justificados pela fé, por nosso Senhor Jesus Cristo, e temos paz com Deus (Rm. 5:1-2).

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este artigo: ALVARES, Amilton. QUAL É O CRITÉRIO DE DEUS PARA DISTRIBUIR SOFRIMENTO. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 035/2014, de 20/02/2014. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2014/02/20/qual-e-o-criterio-de-deus-para-distribuir-sofrimento-parte-ii/. Acesso em XX/XX/XX, às XX:XX.

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Criando Força

Quando se quer entrar em forma, tudo começa com exercícios físicos. O primeiro dia de exercícios não é tão difícil. Mas, no dia seguinte a dor aparece. Tudo dói. Depois, você se sente ainda mais fraco, mas continua trabalhando mesmo assim. Após algum tempo, mesmo ainda sentindo-se fraco e dolorido, você começa a sentir que está ganhando força. Há um leve aumento de peso e você se esforça ainda mais. Então, de repente, você finalmente começa a perceber que está de fato ficando mais forte. É através destas etapas que o corpo reage e se fortalece.

De igual forma, precisamos fortalecer os nossos "músculos espirituais". Deus nos permite passar por dificuldades e até aumenta gradativamente o peso sobre nós. Dentro de pouco tempo, já estamos suportando muito mais do que imaginávamos. Aprendemos mais do que pensávamos. Fazemos mais do que imaginávamos e desenvolvemos em nossas almas uma resistência heroica, perseverança e força que só vêm por meio das dificuldades.
 
A Bíblia nos diz: "Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma." (Tiago 1:2-4). Na língua original, a palavra usada aqui para "perseverança" significa "resistência", "firmeza", ou simplesmente "poder de permanência."
 
Se você estiver atravessando no momento um período de testes e experimentação, saiba que Deus tem um propósito nisso.
 
– Quem sabe se Deus não está  lhe preparando e treinando para aquilo que Ele vai fazer em sua vida amanhã?
 
"Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança." (Romanos 5:3-4).
 
Fonte: Devocionais Diários | 26/07/2013.
 
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