Mercado Imobiliário no Interior discute os rumos do setor para 2014

Diretores das regionais do Secovi-SP se reuniram para discutir o mercado do Interior na quinta-feira, dia 03 de abril 

O Mercado Imobiliário do Interior reuniu na quinta-feira, dia 03, diretores e representantes das regionais do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), comandadas pelo vice-presidente do Interior e da regional de Sorocaba, Flavio Amary para apresentar o cenário do setor e discutir os rumos do mercado em 2014. Entre os assuntos da pauta do encontro, o desenvolvimento do Plano Diretor nas cidades, a economia brasileira e até o esclarecimento do mito da bolha imobiliária, processo que não atinge o Brasil.

O evento contou com mais de 100 pessoas entre empresários do setor, representantes das regionais do Secovi-SP e profissionais do mercado em geral. Claudio Bernardes, presidente da entidade abriu o encontro com dados pontuais da economia brasileira e da relevância dessas regiões para o País.

O Interior de São Paulo representa atualmente 21% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Essas regiões somam qualidade de vida, já que  ainda conservam hábitos típicos como áreas mais pacatas do País e que apresentam recursos financeiros concentrados pelas indústrias automobilísticas, agricultura, logística e outros. Juntas, essas regiões são responsáveis por impulsionar o setor imobiliário e o desenvolvimento geral das cidades.

O mito da bolha imobiliária também esteve na pauta do encontro. A repercussão errônea desse processo, que não atinge o mercado brasileiro, se dá em parte pela valorização de 55% dos imóveis nos últimos 11 anos. “Não há bolha imobiliária e os números e sua valorização estão acompanhando o mercado, que, agora tem uma tendência de acomodação”, enfatiza Flavio Amary, vice-presidente do Interior do Secovi-SP.

O crescimento no entorno de grandes cidades do Interior levantou um assunto já tão discutido pelos especialistas do setor: a mobilidade urbana. Estimam-se mais de um milhão de viagens diárias entre as rodovias do Interior, que ligam a capital paulista e cidades próximas. 

E com a visão ampla e conhecimento in loco dos problemas, desafios e progressos de cada região, diretores das regionais do Secovi-SP compartilharam informações relevantes do comportamento do setor no Interior do Estado. “Nossa região tem uma grande aceitação de condomínios horizontais, casas, um gosto quase particular da nossa população. Mas a verticalização também vem crescendo tivemos 66% de comercialização de apartamento de dois dormitórios no último período”, afirma Alessandro Nadruz, diretor da regional Secovi-SP de São José do Rio Preto.

Para o diretor regional do Secovi-SP na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Frederico Marcondes César, o momento do mercado é de acomodação do que já foi produzido. “Nosso estoque de salas comerciais subiu 134%, esse é um momento de adequação para unidades corporativas e comerciais, no entanto, o restante do setor segue acompanhando a economia”, completa.

Todas as regiões do mercado do Interior apresentam desenvolvimento e acomodação das produções do setor. “Estamos com tendência de crescimento, nossa região tem um grande ponto positivo, o Aeroporto e toda facilidade de logística, isso é relevante não só para o nosso mercado, mas para o desenvolvimento de toda a região”, explica Fuad Jorge Cury, diretor da regional do Secovi-SP em Campinas.

Para Bauru, o cenário é de expectativa positiva. Em pronunciamento recente a presidente Dilma Roussef prometeu para a região, a tão esperada Faculdade de Medicina. “Sabemos que um empreendimento desse volume trará ainda mais força para o nosso mercado, será certamente muito positivo”, finaliza Rodrigo Riad Said, diretor de relações públicas do Secovi-SP em Bauru. A regional Secovi-SP de Bauru esteve representada pelo diretor regional Riad Elia Said e os diretores Bruno Pegorin e Rodrigo Riad Said, que participaram da apresentação da cidade e região.

Fonte: Secovi | 09/04/2014.

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Bolha imobiliária: as dez frases que marcaram 2013

O esfriamento do mercado imobiliário brasileiro acendeu alertas no Brasil e no exterior. Já em abril, o diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero Moraes Meirelles, vinha a público negar a existência de uma bolha imobiliária, e falava em "reequilíbrio" do setor. Não convenceu, e o termo entrou para o vocabulário econômico de 2013.

Em agosto, o americano Robert Shiller ajudaria a consolidar essa posição. Pouco antes de receber o Nobel de Economia 2013, o profeta das bolhas americanas afirmou suspeitar da existência de riscos semelhantes nos dois principais mercados imobiliários do País: Rio e São Paulo.  

Em novembro, seria a vez de Nouriel Roubini, o Dr. Apocalipse, dar sua contribuição, colocando o Brasil na lista de países envolvidos em bolhas imobiliárias. Alertou para o problema dias depois de o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fazer o mesmo, ainda que minimizando o possível impacto que o estouro teria no Brasil.

Estouro que ocorreu em Brasília, avaliaram Ana Maria Castelo, pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV) e Carlos Hiram Bentes, presidente do Secovi-DF.

Outras negativas vieram, como as dos presidentes do Secovi-SP  – que representa o mercado imobiliário paulistano –, Claudio Bernardes, e do Creci-RJ (corretores de imóveis do Rio de Janeiro), Manoel da Silveira Maia. Também não convenceram, e o debate prossegue.

Há bolha imobiliária no Brasil? É difícil saber, em razão da escassez de dados sobre o mercado brasileiro, como disse Eduardo Zylberstajn, coordenador do Fipezap, um dos principais indicadores de preços de imóveis do País. E é preciso uma discussão constante sobre os riscos, avaliou Samy Dana, professor da FGV.

Bolha imobiliária, muito provavelmente, terá lugar garantido no vocabulário econômico de 2014.

Fonte: IG – Economia I 20/12/2013.

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Brasil vive bolha imobiliária, suspeita o Prêmio Nobel de Economia 2013

Em recente visita ao país, Robert Shiller falou com base na alta dos imóveis. Nos últimos cinco anos, imóveis tiveram alta de 225% no Rio e 185% em SP.

Em algumas capitais o preço dos imóveis mais do que dobrou nos últimos cinco anos. Um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia alertou para essa alta exagerada.

Ele disse que não é normal essa escalada de preços, em apenas cinco anos, com reajustes em algumas capitais todos os meses. Ele lembrou que não conhece a fundo o mercado imobiliário do Brasil e falou de uma fórmula geral para diminuir as distorções de preços: investir em transporte coletivo e de qualidade, escolas em novos bairros das grandes cidades.

O Brasil vive uma bolha imobiliária? Quando os preços sobem muito e caem de repente? O Prêmio Nobel de Economia, Robert Shiller, suspeita que sim. Foi a declaração que deu em recente visita ao Brasil.

Mesmo admitindo desconhecer o mercado, falou com base no aumento dos valores dos imóveis. Nos últimos cinco anos, os imóveis no Rio de Janeiro tiveram uma valorização de 225%. Em São Paulo, de 185%. No Distrito Federal, de 115% de 2008 para cá.

O casal acabou de comprar o apartamento em Brasília. “Você olha, vê o valor do imóveis e vê que é muito caro, fora da sua realidade”, avalia o professor Wesley Paixão.

No Brasil a população cresceu, a renda também, e a oferta de imóveis não acompanhou. Há um déficit de sete milhões de moradias. Esses seriam alguns motivos da alta de preços, segundo especialistas do setor.

“O mercado brasileiro é muito diferente do que o mercado americano e o mercado europeu onde tivemos bolha imobiliária”, afirma o diretor de habitação da CEF,  Teotonio Rezende.

Entre as diferenças, segundo o diretor da Caixa Econômica Federal, estão as regras para compra de um imóvel. Para fazer um financiamento, além da renda, é preciso comprovar o nível de gasto do comprador, que não pode financiar o total do imóvel.

“Mesmo se nos tivéssemos uma flutuação para baixo no valor dos imóveis, teríamos que ter quase uma catástrofe para que o valor do imóvel não fosse suficiente para quitar a dívida”, acredita Teotônio Rezende.

Para a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário, a atual fase é boa para o comprador.

“Nós não produzimos hoje o suficiente para atingir a demanda. Então a tendência é do mercado poder até sofrer uma alta no futuro”, diz Paulo Muniz, presidente da Ademi-DF.

E nem sempre, mas às vezes, cabe uma contraproposta. Foi o que fez a Luciana. “As pessoas colocam o valor acima porque sempre tem uma negociação, né? Então quando você vê um anúncio ele nunca está refletindo o preço real de mercado”, acredita.

A Caixa Econômica Federal é responsável por 70% dos financiamentos imobiliários no Brasil. E a taxa de inadimplência na Caixa é de apenas 1,5%.

Fonte: G1 – Bom Dia Brasil I 15/10/2013.

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