Mediação abre espaço para o diálogo e a revisão da contenda

“Mediação é o meio pelo qual as relações interpessoais têm a possibilidade de redefinir seus sentidos, ir adiante no processo de comunicação e reorganizar laços que tecem entre seus atores, com ajuda de um terceiro, imparcial”. É desta forma que a psicóloga e psicanalista Rita Andréa Guimarães de Carvalho Pereira define o exercício da mediação de conflitos. Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), a especialista em Psicologia Clínica afirma que, tendo como premissa a escuta – e, por princípio, dar às partes a palavra -, a mediação “muda o conceito de que o outro decide, trazendo aos envolvidos a possibilidade de autoria quanto à própria história”.

Cada vez mais debatida e estimulada no meio jurídico – sobretudo a partir da vigência do Novo Código de Processo Civil (CPC/2015), a mediação de conflitos simplifica a ação de litígio, agilizando-a e tornando-a menos custosa. “Por vezes, não é perceptível a existência de uma relação entre o ouvir e o falar. Fala-se a partir do que se ouve. Se difícil for a escuta, tropeçaremos na fala. As relações, em especial as de conflito, têm na mediação ajuda para melhorar a comunicação, abrindo espaço para o diálogo e revisão da contenda. Outro papel importante é que ela [mediação] traz, em si, a premissa colaborativa, na ideia de compartilhar esforços para benefícios comuns”, explica a psicóloga.

O funcionamento

De acordo com Rita Andréa Guimarães de Carvalho Pereira, a mediação pode ser realizada de modo judicial (pré processual ou durante o processo) ou privado (feita fora do Judiciário). O primeiro modelo é posto em prática por mediadores judiciais; já o segundo pode acontecer quando o procedimento é realizado por meio de uma câmara privada, quando as partes escolhem livremente um mediador.

As etapas

Primeira: é o tempo da apresentação do que é o processo da mediação, suas singularidades, princípios e recomendações.

Segunda: as partes expõem sua demanda. Consiste em reuniões conjuntas e em separado.

Terceira: resumo do acontecido.

Quarta: identificação dos motivos de demanda e interesses.

Quinta: opções com critérios objetivos.

Sexta: acordo (caso aconteça).

Sétima: encerramento.

“A mediação pode ser terapêutica, à medida que traz ao sujeito a chance de escuta, uma possibilidade de compreender melhor seus conflitos, posicionar-se de outro modo frente aos mesmos e se inserir no próprio contexto. A transdisciplinaridade na mediação é a grande riqueza. A psicanálise e a psicologia vêm a complementar, trazendo melhor compreensão do sujeito”, conclui a especialista.

*Rita Andréa Guimarães de Carvalho Pereira fará a palestra “Em que a mediação pode contribuir com o Judiciário? no XI Congresso Brasileiro de Direito das Famílias e Sucessões.

Confira a programação completa.

Fonte: IBDFAM | 26/07/2017.

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Brasil participa de jornada do GAFILAT sobre o papel do notariado no combate à lavagem de dinheiro

Buenos Aires (Argentina) – O Grupo de Ação Financeira da América Latina (GAFILAT) se reuniu nesta segunda-feira (24.07) em Buenos Aires, capital da Argentina, para a realização da Jornada sobre a Integração dos notários nas obrigações na luta contra a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

O GAFILAT é composto por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. O objetivo da sessão plenária foi debater soluções entre os países membros e reforçar a obrigação do notariado de reforçar sua colaboração perante o Estado.

“O papel do notariado é especialmente vigiar e detectar ações suspeitas antes mesmo destas ocorrerem. O notário é vital nesse combate e tudo o que não queremos é estar em uma lista negra”, comentou o presidente do GAFILAT, Eugenio Maria Curía.

A jornada tratou de temas específicos como a configuração do sistema de segurança jurídica preventiva, a política mundial na luta contra a lavagem de dinheiro e exemplos de casos em que o notariado foi fundamental nesse combate.]

Para o vice-presidente da União Internacional do Notariado (UINL), Jorge Alberto Mateo, a reunião foi de extrema importância para reforçar a discussão de soluções que podem ser adotadas entre os países membros.

“Foi um evento muito positivo porque as soluções que discutimos refletem também na sociedade de modo geral. Estamos todos do mesmo lado nessa luta”.

A colaboração brasileira

O vice-presidente do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB), Filipe Andrade Lima, elogiou a iniciativa de reunir os países e acredita que esse é um passo importante para o completo conhecimento do papel do notariado no combate a estes tipos de crimes.

“Em minha visão, ainda há certo desconhecimento da nossa capacidade em colaborar, embora já existam bons exemplos da nossa contribuição. Há um esforço coordenado, em nível mundial, de aproximar o notariado das autoridades na prevenção à criminalidade”.

O vice-presidente do CNB afirma que a busca pelo diálogo permanente entre o CNB, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é um dos principais objetivos da categoria.

“O nível de conhecimento que hoje as autoridades têm a respeito do nosso potencial colaborativo é bem maior do que era há pouco tempo atrás. A partir disso, a perspectiva é que saia brevemente a normativa do CNJ a respeito dessa nossa contribuição”.

Fonte: CNB/CF | 27/07/2017.

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TJSP: CGJ promove reunião sobre atividades do segundo semestre

Corregedor e juízes assessores debateram próximas ações.

A Corregedoria Geral da Justiça (CGJ) realizou ontem (25) reunião de alinhamento para os trabalhos do segundo semestre desse ano. O corregedor-geral da Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, recebeu os juízes assessores da CGJ no Palácio da Justiça para definir a atuação da equipe nos próximos meses.

Os magistrados trataram da programação das próximas correições ordinárias e das diretrizes para as áreas judicial e extrajudicial. Na reunião também foram discutidos os projetos em andamento e apresentadas propostas de novas iniciativas para o semestre.

“A união do grupo é essencial para a intensificação dos trabalhos”, destacou o corregedor-geral. “Estamos focados no cumprimento das metas estabelecidas no início da gestão, bem como no atendimento ao planejamento estratégico da CGJ”, continuou Pereira Calças.

Participaram da reunião os juízes assessores da Corregedoria Marco Fábio Morsello, Airton Pinheiro de Castro, Ana Rita de Figueiredo Nery, André Carvalho e Silva de Almeida, Benedito Roberto Garcia Pozzer, Carlos Henrique André Lisboa, Fabio Coimbra Junqueira, Gabriel Pires de Campos Sormani, Iberê de Castro Dias, Leandro Galluzzi dos Santos, Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz de Oliveira, Maria Rita Rebello Pinho Dias, Paula Lopes Gomes, Renata Mota Maciel Madeira Dezem, Renato Hasegawa Lousano, Ricardo Dal Pizzol, Rodrigo Marzola Colombini, Silvana Malandrino Mollo e Tatiana Magosso.

Fonte: TJSP | 26/07/2017.

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