O “meu” sítio de Atibaia – Amilton Alvares


  
 

Se fosse hoje, e aquele fosse o costume da nossa época, muitos de nós, como acusadores anônimos, estariam engrossando aquela multidão que buscava apedrejar a mulher adúltera. Era a lei. Aqueles homens tinham o direito de matar a pobre mulher. Ela está envergonhada e assustada diante de seus algozes. Jesus de Nazaré entra em cena e diz – “Quem estiver sem pecado, que atire a primeira pedra!” Silêncio. Espanto. Perplexidade. Agora os homens estão imobilizados, sem saber o que fazer, todos estão inseguros diante do quadro grotesco que eles mesmos criaram.

O texto de João 8:1-11 esclarece que, no início do diálogo, os acusadores insistiram na pergunta de confronto diante da lei mosaica. Queriam testar Jesus e perguntaram: – Moisés manda apedrejar, e tu Jesus, o que dizes?. A didática de Jesus é formidável. O ensino é eficaz. E a sabedoria é sobrenatural, porque vem diretamente de Deus. A resposta de Jesus encerra uma pergunta e propõe exame de consciência aos algozes – “Quem estiver sem pecado, que atire a primeira pedra”. O efeito da pergunta é devastador. Todos estão silentes, mas a mente entra em ebulição e causa reação jamais esperada. Acusados pela própria consciência, os acusadores começam a se movimentar – “Ouvindo eles esta resposta (de Jesus)…foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos”. Surpreendentemente, a debandada começou pelos mais velhos. Como dizia um velho amigo, quanto mais velho mais tempo de pecado.

Quem está sem pecado? Ninguém! Afinal, a própria Bíblia diz que todos somos pecadores e precisamos do Salvador. Quem tem o seu sítio de Atibaia? Só o Lula? Não sejamos injustos com o presidente! Todos nós temos cantos escondidos na alma, que não gostamos de mostrar para ninguém. Temos refúgios e esconderijos de pecado, como o sítio de Atibaia, que não se prestam para deleite e custam caro para quem se aventura a desafiar a verdade. É naufrágio certo insistir na manutenção de coisas temporais, especialmente para preservar vida dupla ou vantagens indevidas. Que o digam os adúlteros. Cabe perguntar: Será que nós podemos atirar pedras no Lula? Será que podemos clamar por justiça quando, sabidamente somos um povo leniente e omisso, e nos recusamos a olhar para os “sítios escondidos”, que vão se agigantando em nossa alma e acabam com o nosso viço interior? Esse sítio não pode ser de um amigo meu. Esse sítio é meu. Esse sítio é seu. São muitos sítios. Estão carregados de pecados, como o sítio do Lula. Não precisamos esperar o apedrejamento para mudar de vida. Podemos revigorar a vida com arrependimento sincero, confissão e perdão diante de Deus. Todos nós precisamos nos livrar das algemas dos “sítios de Atibaia”. Capacita-nos Senhor a viver honradamente; sem esquecer que a conta dos nossos pecados já está paga por Jesus de Nazaré e não poderá ser cobrada segunda vez. Cristo é a razão da nossa esperança. Só Ele pode remover “sítios” que nos afastam do Pai celestial. Ele pode dizer: “Vai e não peques mais” (João 8.11).  Todo homem precisa nascer de novo. A todo homem é oferecida a oportunidade de arrependimento.

Para ler do mesmo autor “NASCER DE NOVO” clique aqui.

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* O autor é Procurador da República aposentado, Oficial do 2º Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São José dos Campos/SP, colaborador do Portal do Registro de Imóveis (www.PORTALdoRI.com.br) e colunista do Boletim Eletrônico, diário e gratuito, do Portal do RI.

Como citar este devocional: ALVARES, Amilton. O “MEU” SÍTIO DE ATIBAIA. Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 078/2017, de 02/05/2017. Disponível em https://www.portaldori.com.br/2017/05/02/o-meu-sitio-de-atibaia-amilton-alvares/

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Publicação: Portal do RI (Registro de Imóveis) | O Portal das informações notariais, registrais e imobiliárias!

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